Governo ouve parceiros sociais para começar a discutir salário mínimo

O Governo começa a ouvir os parceiros sociais já na próxima semana para dar início à “caminhada” que irá colocar o salário mínimo nacional nos 750 euros em 2023, anunciou este domingo o primeiro-ministro, António Costa.

“Como sabe, o salário mínimo nacional não é objeto de negociação, é uma decisão do Governo. Mas manda o bom senso ouvir os parceiros socais. Para a semana vamos ouvir os parceiros sociais em sede de concertação“, disse António Costa, à chegada à comissão nacional do PS para eleger novo secretário-geral adjunto do partido — foi proposto o nome de José Luís Carneiro.

“Aí estaremos em condições de fixar a base de partida para esta caminhada que nos propomos fazer para atingir aos 750 euros em 2023″, adiantou ainda o primeiro-ministro aos jornalistas, em declarações transmitidas pela Sic Notícias.

"O salário mínimo nacional não é objeto de negociação, é uma decisão do Governo. Mas manda o bom senso ouvir os parceiros socais. Para a semana vamos ouvir os parceiros sociais em sede de concertação. Aí estaremos em condições de fixar a base de partida para esta caminhada que nos propomos fazer para atingir aos 750 euros em 2023.”

Depois de ter tomado posse como líder do novo Governo, António Costa defendeu este sábado que “nesta legislatura é necessário ter uma valorização do salário mínimo”, tendo em conta o “papel importante que tem na redução das desigualdades”. E assumiu como meta chegar a 2023 com o salário mínimo nos 750 euros.

“O salário mínimo nacional evoluirá em cada ano, ouvidos os parceiros sociais em função da dinâmica do emprego e do crescimento económico”, mas o Governo tem “o objetivo de atingir os 750 euros em 2023”, disse o chefe do Executivo.

CGTP e PCP vieram dizer que a meta dos 750 euros é “insuficiente” e “curtinho” e que o Governo pode ser mais ambicioso e ir além desse valor. Do lado do PSD, David Justino frisou que é preciso ter em conta a evolução da economia para se definir a evolução do salário mínimo.