TikTok nega planos de entrar na bolsa de Hong Kong
Empresa chinesa dona da rede social que faz sucesso entre os mais jovens (é já três vezes maior que o Twitter) poderá lançar o IPO no primeiro trimestre do próximo ano.
A startup chinesa ByteDance, que detém a app de vídeos TikTok e a app de notícias Jinri Toutiao, nega estar a preparar uma oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) em Hong Kong no primeiro trimestre do próximo ano. A notícia tinha sido avançada pelo Financial Times (acesso condicionado e conteúdo em inglês), mas foi desmentida pela empresa.
“Há absolutamente zero de verdade nos rumores de que planeamos abrir o capital em Hong Kong no primeiro trimestre do próximo ano”, disse fonte oficial da ByteDance, em declarações por escrito à Reuters e ao Business Insider.
Com sete anos de existência e uma avaliação de 75 mil milhões de dólares, teria escolhido Hong Kong em detrimento de Nova Iorque para realizar a operação, apesar dos recentes tumultos na região. O índice benchmark Hang Seng já perdeu 11% desde os máximos deste ano e a região está prestes a entrar em recessão, enquanto os protestos contra o Governo continuam nas ruas.
Apesar disso, o FT escrevia que a ByteDance poderia tornar-se a próxima gigante tecnológica a entrar em bolsa. A avaliação de 75 mil milhões de dólares foi feita em outubro de 2018, após uma ronda de financiamento em que a empresa captou três mil milhões de dólares. O SoftBank — que acabou de assumir as perdas da também tecnológica WeWork — foi o principal investidor.
Como a empresa não é cotada ainda, os dados financeiros deste ano não são públicos. No entanto, a Reuters tinha avançado que as receitas do primeiro semestre ultrapassaram todas as expectativas e fixaram-se entre sete mil milhões e oito mil milhões de dólares. Terá mesmo gerado lucros no mês de junho e poderá encerrar o segundo trimestre novamente com resultado líquido positivo.
Os ganhos estarão associados ao sucesso da rede social TikTok. Esta tem feito furor em todo o mundo, contando já com mais de 800 milhões de utilizadores mensais ativos, 500 milhões deles na China e 30 milhões nos EUA.
Estes números fazem com que seja quase três vezes maior do que o Twitter. Dados consultados pelo ECO mostram um crescimento avassalador da aplicação junto da população mais nova, com 27% dos utilizadores entre 13 e 17 anos, 42% entre 18 e 24 anos e 16% entre 25 e 34. Em média, estes utilizadores abrem a app oito vezes por dia, num total de 46 minutos gastos na aplicação.
(Notícia atualizada às 14h15 com declaração da ByteDance)
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