Apaziguar das tensões entre EUA e China dá ganhos tímidos a Wall Street

"Os investidores estão a ser pacientes porque não querem correr atrás de máximos de sempre até terem clarificações na frente comercial", explicou Michael O’Rourke, da JonesTrading.

Wall Street parece confiar que no apaziguar da guerra comercial entre EUA e China. Após um início de sessão penalizado por declarações de Beijing que indicavam pessimismo nas negociações entre as duas maiores economias do mundo, Washington deu um novo incentivo ao otimismo dos investidores e as principais praças fecharam no verde.

O índice industrial Dow Jones subiu 0,11% para 28.036,22 pontos, enquanto o financeiro S&P 500 avançou 0,05% para 3.122,03 pontos e o tecnológico Nasdaq somou 0,11% para 8.549,94 pontos.

“Dizem-nos que há um acordo, mas ainda não foi finalizado e depois há notícias em outras direções”, descreveu Michael O’Rourke, chief market strategist da JonesTrading, à Reuters, sobre a situação atual. “Os investidores estão a ser pacientes porque não querem correr atrás de máximos de sempre até terem clarificações na frente comercial“, sublinhou.

O dia foi de notícias contrárias. O departamento do Comércio dos Estados Unidos anunciou o alargamento, por mais três meses, da autorização para as empresas norte-americanas venderem equipamentos ao grupo de telecomunicações chinês Huawei.

Este foi o terceiro adiamento concedido desde maio, quando a administração norte-americana decidiu colocar a Huawei numa lista negra de entidades proibidas de fazerem negócios com empresas dos Estados Unidos, alegando motivos de “segurança nacional” e acusando o grupo de trabalhar com as autoridades de Pequim.

O anúncio deu novo ânimo, que tinha sido interrompido por outra notícia que indicava um possível agravamento das tensões. A CNBC noticiou ao início da tarde que o Governo chinês estará pessimista em relação à posição do presidente norte-americano Donald Trump.

Trump não estará disposto a recuar nas tarifas aduaneiras já impostas à China, apesar do acordo de princípio alcançado pelas duas potências. A estratégia de Beijing será agora esperar pelo resultado do impeachment à presidência de Trump ou mesmo até às próximas eleições no país, no final do próximo ano.

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