Pinto Luz diz que “não se resigna” a disputar “campeonato dos pequeninos”
Candidato à liderança social-democrata diz não se resignar a um partido que disputa o “campeonato dos pequeninos” ou é “uma segunda escolha do PS””, pedindo a “quem não gosta deste PSD” que se afaste.
O candidato à liderança social-democrata Miguel Pinto Luz afirmou esta segunda-feira não se resignar a um partido que disputa o “campeonato dos pequeninos” ou é “uma segunda escolha do PS”, pedindo a “quem não gosta deste PSD” que se afaste. Na apresentação da sua candidatura à liderança, em Lisboa, o vice-presidente da Câmara de Cascais disse ter a ambição de vencer as eleições diretas de 11 de janeiro para “ganhar as próximas autárquicas e, naturalmente, reconquistar a confiança dos portugueses para liderar o governo” do país.
Sem nunca mencionar o nome do atual presidente do partido, Rui Rio, Pinto Luz lamentou que haja “quem só gosta de uma parte do PSD”.
“Eu não sei o que é gostar a 50%, ou a 70% ou a 80%. Ou se gosta do PSD ou não se gosta do PSD! E quando se gosta do PSD, não se diminui o partido, concelhia a concelhia, distrital a distrital, apenas para se ter o partido que se quer. Quem não gosta deste PSD, dê lugar a quem goste e queira lutar por Portugal”, apelou.
O antigo líder da distrital de Lisboa confessou estar preocupado com o estado atual do PSD, garantindo estar “entre aqueles que não se resignam perante um PSD destituído de ambição, um PSD que apenas disputa lugares intermédios da primeira liga da política”.
O candidato admitiu que a sua preocupação aumentou depois das legislativas de 6 de outubro: “Desde as legislativas de 2002, o PSD tem ficado abaixo dos 40%. Em 17 anos, baixámos mais de 12 pontos percentuais. No mês passado, nem 28% obtivemos”, lamentou, considerando que essa perda de influência eleitoral se deve à perda de influência na sociedade.
“O PSD será a nova escolha dos portugueses, e nunca por nunca a segunda escolha do PS. A tarefa que me proponho é liderar uma oposição de confiança capaz de conduzir o PSD novamente ao governo de Portugal”, afirmou.
Dos antigos líderes do partido, o candidato destacou apenas três: os antigos primeiros-ministros Francisco Sá Carneiro, Aníbal Cavaco Silva e Pedro Passos Coelho.
“Não discuto idades, nem gerações dos protagonistas, um partido não é feito só de mais novos ou de mais velhos, é feito com todos, não pode é ser feito sempre com os mesmos, com os mesmos rostos”, afirmou.
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