Exclusivo Pedro Leitão, do Atlântico Europa, indicado para CEO do Banco Montepio

Pedro Leitão, Chief Digital Officer do Banco Atlântico Europa, é o nome indicado para o cargo de presidente executivo do Banco Montepio. A proposta seguirá nos próximos dias para o Banco de Portugal.

Página de LinkedIn de Pedro Leitão.LinkedIn

Pedro Leitão, Chief Digital Officer do Banco Atlântico Europa, é o nome indicado para o cargo de presidente executivo do Banco Montepio, apurou o ECO. A proposta vai seguir nos próximos dias para o Banco de Portugal, que terá agora de validar o nome e conceder o registo de idoneidade. Têm-se intensificado os contactos entre as várias partes nas últimas semanas a fim de resolver o impasse na liderança do banco. Depois das reuniões adiadas com o regulador por não haver um consenso entre a Associação Mutualista e o chairman do banco, tudo indica que será desta.

Oficialmente, nenhuma das partes faz comentários, mas será mesmo um nome unânime entre Tomás Correia (presidente em fim de funções na Associação Mutualista Montepio Geral, a dona do banco) e Carlos Tavares (chairman do banco), tal como foi exigido pelo supervisor. E será o nome para colocar um ponto final na indefinição da liderança do Banco Montepio, num processo que se tem arrastado há cerca de ano e meio, desde a saída da anterior administração de Félix Morgado.

No Banco Atlântico Europa, onde está desde agosto de 2016, Pedro Leitão é responsável pela transformação digital do banco de capitais angolanos, assumindo também os “pelouros” do marketing, da tecnologia e ainda os negócios de private banking.

Antes disso, foi administrador do Banco Millennium Atlântico (antigo Banco Privado Atlântico), em Angola, entre 2011 e 2014, onde foi Chief Operations & Marketing Officer, responsável pela implementação, entre outros da rede de retalho. E foi ainda partner da Deloitte, durante quase uma década, entre 2001 e 2011.

Agora assume um um dos cargos mais escrutinados publicamente nos últimos meses: o de CEO do Banco Montepio. O banco está praticamente sem presidente executivo efetivo desde a saída de José Félix Morgado, isto apesar dos vários nomes que já foram apontados e indicados: Nuno Mota Pinto, Dulce Mota e, mais recentemente, Pedro Alves. Por uma razão ou por outra, nenhum destes nomes chegou a ficar com o cargo que é ocupado interinamente por Dulce Mota, enquanto vice-presidente da instituição, desde que a solução temporária de ter Carlos Tavares como chairman e CEO em simultâneo expirou em fevereiro deste ano.

O Banco Montepio fechou a primeira metade do ano com lucros de 3,6 milhões de euros, menos 77% do que há um ano, um resultado que foi penalizado sobretudo pelo mau desempenho do Finibanco Angola, por maiores encargos com impostos e pela deterioração do negócio em Portugal.

Na sua descrição no LinkedIn, Pedro Leitão descreve-se como profissional com 24 anos de experiência no setor financeiro. Começou a carreira no BPI (1995-1997), onde foi diretor na divisão de clientes do segmento corporate, contando também com uma passagem pelo BBVA (1997-2001).

Em termos académicos, Pedro Leitão tem um MBA do ISEG e frequentou diversos cursos e programas de gestão executiva e de transformação digital em várias universidades de renome: London Business School, INSEAD, Stanford ou IMD Business School. Foi professor em várias universidades portuguesas.

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