Depósitos não pagam nada? Nestes bancos o subsídio de Natal pode render até 1%
Os juros dos depósitos a prazo estão em mínimos históricos. Mas há ainda quem prefira aplicar as poupanças nesses produtos. Fique a saber quanto paga o melhor depósito a um ano em 18 bancos.
Muitos portugueses já receberam ou preparam-se para ter depositado na conta o subsídio de Natal. Se para muitas pessoas essa quantia representa um “balão de oxigénio” para os respetivos orçamentos ou uma ajuda para comprar presentes de Natal, para outras a solução poderá passar por constituir uma poupança. Os depósitos a prazo são, por tradição, o instrumento de poupança preferido dos portugueses, apesar do seu cada vez mas magro retorno. Para quem continua a preferir colocar seu subsídio de Natal neste produto, o ECO foi em busca dos depósitos a um ano com os melhores retornos. Num universo de 18 bancos, na melhor das hipóteses a taxa chega a 1%.
Trata-se de um juro bastante “magro”, sobretudo, em comparação com taxas que chegaram a atingir os 7% antes da crise financeira. Mas não é de estranhar tendo em conta o contexto de juros historicamente baixos imposto pelo Banco Central Europeu que é um desincentivo para que os bancos captem depósitos. Em setembro, os bancos pagaram, em média, 0,09% nas novas aplicações em depósitos a prazo. Trata-se de um mínimo de sempre, tendo em conta um histórico de quase 17 anos do Banco de Portugal.
Daí que as quantias aplicadas em depósitos a prazo sejam cada vez mais mais baixas, com muitos portugueses a preferirem ter o dinheiro simplesmente parado na conta à ordem. Atualmente, as quantias à ordem rondam os 60 mil milhões de euros, níveis recorde.
Contudo, para quem não prescinde de colocar o seu dinheiro nesta classe de produtos, há alguns que conseguem destacar-se pela positiva em termos de retornos. O ECO analisou a oferta de 18 instituições financeiras em busca dos melhores depósitos a um ano. O objetivo foi encontrar a melhor proposta, em cada banco, para quem esteja disponível para aplicar um montante máximo de 5.000 euros.
Bancos pequenos mais generosos
No leque da oferta analisada, para o prazo de um ano, não há nenhum produto a oferecer uma taxa bruta superior a 1%, sendo que apenas há um banco a disponibilizar exatamente essa taxa. Trata-se do Banco Invest, vigorando em aplicações mínimas de 2.000 euros no depósito “Invest Choice Novos Montantes”.
Há apenas mais um banco a oferecer uma remuneração próxima desse valor. Trata-se do Banco BNI Europa que remunera o depósito “BNI Europa”, disponível para aplicações mínimas de mil euros a uma taxa bruta de 0,9%. Já a terceira posição do pódio das melhores remunerações é ocupada pelo “DP Easy”, depósito disponibilizado pelo Eurobic para montantes mínimos de 2.500 euros e remunerado a um juro de 0,5%.
O depósito a um ano mais rentável por banco
Foram ainda identificados apenas mais três bancos a disponibilizarem depósitos com remunerações acima de 0,1%. Especificamente, o Atlântico Europa, que remunera a 0,3% as aplicações no “DP Atlântico”, seguindo-se os depósitos a um ano do Banco CTT e do Banco BiG, com juros brutos de 0,15%.
Os bancos que oferecem as melhores remunerações tendem a ser os mais pequenos que procuram assim cativar novos clientes de forma a engrossar a sua carteira e ganhar escala.
Os bancos de maior dimensão, pelo contrário, estão entre os que apresentam as taxas de remuneração mais baixas, sendo que no caso do BPI o juro é mesmo de 0%. Essas instituições já têm as suas carteiras de clientes “compostas”, e sentem-se mesmo desincentivadas a captar recursos, já que não podem repassar aos depósitos dos clientes o impacto dos juros negativos.
Na maioria dos bancos, as melhores taxas de juro estão ainda em produtos que apenas podem ser subscritos online, um meio de subscrição menos oneroso para os bancos, e onde têm vindo a reforçar a sua aposta comercial, sobretudo através das suas app.
Assine o ECO Premium
No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.
De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.
Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.
Comentários ({{ total }})
Depósitos não pagam nada? Nestes bancos o subsídio de Natal pode render até 1%
{{ noCommentsLabel }}