Após reestruturação, investimento do Flamengo compensa

  • ECO
  • 25 Novembro 2019

O clube passou, desde 2013, por um período de forte austeridade. Após reestruturação e diminuição na dívida, o Flamengo conseguiu em 2019 investir em jogadores e equipa técnica.

As vitórias no Campeonato do Brasileiro e na Copa Libertadores representam um momento de viragem para o Flamengo. Antes da chegada do português Jorge Jesus para liderar a equipa de futebol, o clube brasileiro passou por momentos difíceis de reestruturação financeira e, anos depois, conseguir investir em jogadores e equipa técnica, segundo noticia o jornal Folha de São Paulo (acesso livre).

Este fim de semana, o Flamengo conquistou a Taça Libertadores e o campeonato brasileiro, fazendo com Jorge Jesus se tornasse o primeiro português a vencer um campeonato nacional na América do Sul. O jornal brasileiro escreve que as duas vitórias estiveram relacionadas com a equipa formada para este ano, bem como o trabalho do treinador.

Foi o atual presidente do Flamengo a erguer a taça, mas parte dos louros são devidos ao antecessor Eduardo Bandeira de Mello, que chegou ao clube em 2013. Na altura, as derrotas em campo eram comparáveis às finanças complicadas: a dívida ascendia a 741 milhões de reais (mil milhões de reais a preços atuais, equivalente a 286 milhões de euros).

Fruto de um controlo apertado nas despesas do clube, a faturação começou logo nesse ano a crescer. “Outros clubes tiveram crescimento de receitas, com venda de atletas, mas optaram por gastar na atividade [futebol]. Essa é a grande diferença do Flamengo. Enquanto o clube se organizou pensando no futuro, outros pensaram no presente”, explicou Cesar Grafietti, economista e consultor do Itaú BBA, citado pelo Folha de São Paulo.

No final do ano passado, a dívida tinha caído para 469 milhões de reais (ou 134 milhões de euros). Apesar de o montante ainda ser elevado, o clube reestruturou a dívida tributária (que vai pagar ao longo de 20 anos), podendo fazer face a obrigações junto dos trabalhadores e da banca. “O endividamento de hoje não é nocivo ao caixa, como empréstimos a curto prazo“, acrescentou Pedro Daniel, diretor executivo da EY.

Já as receitas, totalizaram os 556 milhões de euros (159 milhões de euros) em 2018. Com as contas a caminho do equilíbrio, o Flamengo pode assim investir em jogadores e equipa técnica. Os salários — incluindo o de Jorge Jesus — ascendem a oito milhões de reais (2,3 milhões de euros), um valor a que acrescem direitos de imagem. Agora, as novas vitórias irão encher ainda mais os cofres do clube brasileiro.

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