Turismo do Centro apresenta estratégias para conseguir 13 milhões de dormidas em 2030
O Turismo Centro de Portugal apresentou estratégias para alcançar as 13 milhões de dormidas em 2030. Uma das ideias é apostar num novo pilar de turismo religioso e espiritual.
O Turismo Centro de Portugal quer chegar aos 13 milhões de dormidas em 2030, segundo um plano apresentado esta terça-feira, no qual destaca ainda que pretende apostar num novo pilar de turismo religioso e espiritual.
Estes dados constam do Plano Regional de Desenvolvimento Turístico 2020-2030 e do Plano de Marketing do Turismo Centro de Portugal, que reúnem contribuições do setor na região e que foram hoje apresentados. O plano parte da atual situação para estabelecer metas a médio prazo, em 2023, e a longo prazo, até 2030. As estimativas apresentadas revelam que até ao final deste ano espera-se que a Região Centro atinja aos 6,5 milhões de dormidas, até 2023 espera ter nove milhões e em 2030 prevê atingir os 13 milhões.
Até 2030, além do aumento das dormidas, as metas da entidade pressupõem ainda aumentar a estada média na região, com base num crescimento de 0,5% anuais, até alcançar os 37% dentro de pouco mais de uma década, aumentar a taxa líquida de ocupação de camas até aos 1,85 noites em 2030 e o crescimento da receita por quarto disponível para os 28 euros em 2028 e os 35 euros no final do período em estudo.
Para perseguir estes objetivos, são fatores principais o desenvolvimento dos recursos humanos, o território, o posicionamento, a promoção e o investimento. O novo plano redefine os pilares estratégicos para este turismo no Centro, acrescentando uma aposta no novo pilar de Turismo Espiritual e Religioso. Os restantes são os pilares da Cultura, História, Património e Gastronomia e Vinhos, o de Natureza, Bem-Estar, Turismo Ativo e Desportivo e Mar, Estilo de Vida Inspiracional e Novas Tendências e o Turismo Corporate e Empresarial.
O Turismo do Centro destaca como principais mercados com potencial para a região o francês, alemão e britânico — embora ainda com incertezas devido ao Brexit –, e também o norte-americano e o brasileiro. A entidade estará empenhada em salientar as boas acessibilidades de transporte da região, como a sua posição entre os dois aeroportos de Lisboa e o do Porto, com boas rodovias e a proximidade a Espanha, além da possibilidade de aproveitamento de 280 quilómetros de costa.
No plano defende-se também uma cooperação transfronteiriça de proximidade com regiões bem estabelecidas espanholas, nomeadamente a Estremadura, Castela e Leão e a Galiza. Numa altura de descentralização de competências para as autarquias, o Turismo do Centro pretende que as Comunidades Intermunicipais (CIM) da região trabalhem em rede, já que passam a ter competências na promoção turística no mercado interno.
Se as CIM têm de articular os seus planos com o plano do Turismo do Centro, a secretária de Estado do Turismo, Rita Marques, também espera que o plano apresentado se articule com os planos das outras regiões, porque, na sua opinião, só trabalhar de forma integrada faz sentido, para que o país atinja “de facto um nível de excelência no turismo como um todo”.
“Isto tem de casar”, sublinhou a governante, mostrando-se disponível para reuniões de trabalho para que, “no final, todos os mapas de navegação das diversas regiões”, que podem ser diferentes e partir de pontos diferentes, levem o turismo nacional “a um ponto comum, a um ponto de entendimento, que permita que nos próximos anos Portugal continue a ser distinguido como o país onde há uma preocupação evidente em desenvolver um turismo sustentável”.
Assine o ECO Premium
No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.
De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.
Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.
Comentários ({{ total }})
Turismo do Centro apresenta estratégias para conseguir 13 milhões de dormidas em 2030
{{ noCommentsLabel }}