Petróleo dispara com possível corte de produção da OPEP. Sobe mais de 4%

Na véspera da reunião da OPEP, que poderá ditar um novo corte na produção de petróleo, a matéria-prima está a valorizar mais de 4% nos mercados internacionais.

Arranca esta quinta-feira, em Viena, na Áustria, a reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), onde poderão ser anunciados novos cortes na produção de petróleo. Um dia antes desse encontro, à espera dessa decisão, o preço por barril da matéria-prima está a subir mais de 4%, tanto em Londres como em Nova Iorque.

A OPEP e os alinhados da OPEP+ estão a avaliar a hipótese de avançar com novos cortes na produção de petróleo, revelou o ministro do Petróleo do Iraque durante o fim de semana. Thamer Ghadhban antecipa uma redução em cerca de 400 mil barris diários face à produção atual. Depois deste anúncio, o petróleo subiu mais de 2% na segunda-feira.

A tendência mantém-se, sendo que esta quarta-feira o barril de Brent, cotado em Londres, e que serve de referência europeia, está a valorizar 3,5% para 62,95 dólares, enquanto o crude WTI, negociado no Texas, está a avançar 3,78% para 58,22 dólares. Ambos estiveram já a valorizar mais de 4%.

Há três anos que os países exportadores da OPEP têm implementado cortes na produção do ouro negro, com o objetivo de combater a produção crescente dos Estados Unidos, que se tornaram o maior produtor do mundo de matéria-prima.

O acordo atual, que prevê um corte de oferta de 1,2 milhões de barris por dia, foi acordado em janeiro deste ano e expira em março do próximo ano. Mas, esta terça-feira, o Iraque — segundo maior produtor de petróleo da OPEP — disse que a Arábia Saudita apoia um corte de 1,6 milhões de barris por dia, o equivalente a 1,6% da procura mundial, diz a Reuters (conteúdo em inglês).

Esta quarta-feira, o ministro do Petróleo do Iraque, Thamer Ghadhban, disse que o país apoiaria manter os cortes existentes pelo menos até o final de 2020. “Temos de dar um sinal positivo ao mercado e, na minha opinião, pelo menos devemos manter o presente acordo”, disse, citado pela Reuters.

Já o ministro do petróleo de Omã, Mohammed al-Rumhi, disse que a sua delegação iria recomendar aumentar os cortes até o final de 2020. Na semana passada, o ministro da Energia da Rússia, Alexander Novak, citado pela agência de notícias TASS, disse que preferia que a OPEP e os aliados esperassem até abril antes de tomarem uma decisão sobre a extensão do acordo de produção de petróleo.

A OPEP vai reunir-se esta quinta e sexta-feira em Viena com os países exportadores e, se realmente decidirem avançar com novos cortes, a produção poderá passar para 1,6 milhões de barris por dia.

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