China reitera suspensão de taxas alfandegárias como condição para acordo comercial

  • Lusa
  • 5 Dezembro 2019

Governo chinês reiterou suspensão de taxas alfandegárias adicionais sobre importações chinesas como condição para um acordo comercial com os Estados Unidos.

O Governo chinês reiterou esta quinta-feira a suspensão de taxas alfandegárias adicionais sobre importações chinesas como condição para um acordo comercial com os Estados Unidos, que têm planeado novo aumento, a partir de 15 de dezembro.

Pequim e Washington estão a negociar detalhes sobre um acordo preliminar, anunciado pelo Presidente norte-americano, Donald Trump, em outubro passado. Pequim disse, no mês passado, que os EUA concordaram em reverter algumas das taxas, mas Trump descartou essa hipótese.

“A China acredita que, se as duas partes chegarem a um acordo de ‘Fase 1’, as taxas devem ser reduzidas”, assinalou o porta-voz do Ministério do Comércio, Gao Feng.

Gao disse que os negociadores estão em “comunicação próxima”, mas não avançou mais detalhes.

Os governos dos dois países impuseram já taxas alfandegárias sobre o equivalente a centenas de milhares de milhões de euros de bens importados um do outro, numa guerra comercial que começou no verão do ano passado, e que ameaça a economia mundial.

Caso um acordo não seja alcançado até meados de dezembro, Washington estipulou uma nova ronda de taxas alfandegárias adicionais, de 15%, sobre 156 mil milhões de dólares (141 mil milhões de euros) de bens importados da China.

O aumento das taxas vai refletir-se em vários bens de consumo, incluindo telemóveis, portáteis ou utensílios domésticos, nas vésperas do Natal, ameaçando também os retalhistas norte-americanos.

Esta semana, Trump admitiu a hipótese de as negociações se prolongarem para além das eleições nos Estados Unidos, que se realizam no final do próximo ano.

Em causa estão os planos de Pequim para o setor tecnológico, que visam transformar as firmas estatais do país em importantes atores globais em setores de alto valor agregado, como inteligência artificial, energia renovável, robótica e carros elétricos.

Os EUA consideraram que aqueles planos, impulsionados pelo Estado chinês, violam os compromissos da China em abrir o seu mercado, nomeadamente ao forçar empresas estrangeiras a transferirem tecnologia e ao atribuir subsídios às empresas domésticas, enquanto as protege da competição externa.

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