Mais um passo no processo de impeachment. Nancy Pelosi pede esboço da acusação contra Trump
Porta-voz da Câmara dos Representantes pediu ao Comité Judicial que comece a redigir o esboço da acusação ao presidente dos EUA, um passo acelerado em direção a uma possível votação antes do Natal.
A Câmara dos Representantes deu mais um passo no processo que poderá levar à destituição do presidente dos EUA, Donald Trump. Nancy Pelosi anunciou que já pediu ao Comité Judicial que comece a redigir o esboço das acusações contra o presidente, numa tentativa de levar a votos os artigos do impeachment na Câmara dos Representantes ainda antes do Natal.
Na visão da porta-voz da câmara baixa do Congresso, Donald Trump “abusou do poder para seu próprio benefício pessoal e político”, um “golpe profundo no coração da Constituição”, afirmou esta quinta-feira, num discurso proferido no mesmo local no Capitólio onde anunciou, há poucos meses, a investigação que deu início ao impeachment. “Os factos são incontestáveis”, sublinhou Nancy Pelosi, de acordo com o The New York Times (acesso condicionado) e o The Wall Street Journal (acesso pago).
Em causa está o telefonema ente Donald Trump e o novo presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, no qual Trump terá intercedido junto do homólogo ucraniano para que investigasse Joe Biden e os negócios do filho, Hunter Biden, naquele país. Em simultâneo, Trump terá travado uma ajuda financeira militar de 391 milhões de dólares à Ucrânia, sendo que o processo de impeachment investigou, numa série de audições públicas e privadas, se houve quid pro quo — isto é, se o travão à ajuda está relacionado com o teor do telefonema.
A acusação contra Donald Trump não deverá merecer resistência na Câmara dos Representantes, uma vez que é controlada pelo Partido Democrata, que está na oposição e é crítico do presidente. A dúvida principal prende-se em saber se o impeachment reúne o apoio necessário para que o julgamento de Trump resulte na destituição no Senado, um órgão de soberania controlado pelos Republicanos.
O presidente dos EUA tem rejeitado as acusações de que o telefonema a Zelensky tenha sido uma atitude digna de condenação. Numa série de mensagens publicadas no Twitter, Trump afirmou: “Se me vão abrir um impeachment, façam-no agora, rápido, para podermos ter um julgamento no Senado, para que o país possa seguir em frente”, desafiou o presidente.
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