Banca de investimento europeia corta bónus a trabalhadores
Executivos e responsáveis de recursos humanos garantiram que vão cortar nos bónus entregues às equipas de trading e banca de investimento. Recompensas poderão cair mais de 10% face a 2018.
Está a chegar a altura do ano em que os banqueiros fecham contas e se preparam para receber bónus (normalmente) chorudos. A pressão sobre as receitas dos bancos de investimento deverá levar a cortes acima de 10% nas recompensas a receber pelos trabalhadores em 2019, segundo a Bloomberg (acesso pago, conteúdo em inglês).
Executivos e responsáveis de recursos humanos de bancos como o HSBC, o Deutsche Bank e o Societe Generale garantiram à Bloomberg que vão cortar nos bónus entregues às equipas de trading e banca de investimento.
Apontam para o cenário que vive a indústria financeira na Europa, onde há empresas em reestruturação e fundos a fecharem. A situação é agravada pelos custos associados tanto às taxas de juro em mínimos históricos do Banco Central Europeu e à transição digital. Apesar de as contas só fecharem no final do ano, já se antecipam reduções.
“Tem sido um ano difícil para a indústria e para os nossos bónus“, diz Ross Mitchinson, co-CEO da corretora britânica Numis Corp, que anunciou esta semana uma quebra nas receitas de banca de investimento. “Suspeito que tem sido semelhante para a maior parte dos players na indústria, dado o contexto difícil no mercado e a incerteza macro-política”, acrescentou, em declarações à Bloomberg.
Há mesmos executivos que já sinalizarem essas dificuldades aos funcionários. “Não se distraiam e consigam-nos um bom quarto trimestre”, pediu Samir Assaf, um dos banqueiros de topo do HSBC, à equipa. “Precisamos de cada dólar neste quarto trimestre para conseguir bons bónus“.
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