Von der Leyen destaca “investimento significativo” feito por Portugal na ação climática
Presidente da Comissão Europeia salienta que “Portugal começou a sua transição para energias limpas em 2005 e investiu de forma significativa desde então”.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, destacou o “investimento significativo” feito por Portugal desde 2005 na área da transição energética, notando que este é um dos países europeus mais afetados pelas alterações climáticas.
“Dou-vos o exemplo de Portugal. Portugal é um dos países mais afetados pelas alterações climáticas: tem uma longa costa, tem furacões, cheias e fogos florestais de grande dimensão que já causaram um grande impacto – no ano passado morreram 60 pessoas”, declarou Von der Leyen, numa intervenção na sessão plenária do Parlamento Europeu, na cidade francesa de Estrasburgo.
Abordando as conclusões do Conselho Europeu da semana passada, no qual a questão das alterações climáticas esteve em cima da mesa, a presidente do executivo comunitário referiu que “Portugal começou a sua transição para energias limpas em 2005 e investiu de forma significativa desde então”.
“Em 2023, [Portugal] irá encerrar a sua última mina de carvão mineral, já tem um excedente de energia renovável e, juntamente com o governo holandês, está a trabalhar e a preparar a energia de hidrogénio verde”, elencou.
"Dou-vos o exemplo de Portugal. Portugal é um dos países mais afetados pelas alterações climáticas: tem uma longa costa, tem furacões, cheias e fogos florestais de grande dimensão que já causaram um grande impacto.”
Por isso, continuou Ursula von der Leyen, “a questão para Portugal é como transportar a sua energia renovável através de Espanha e de França para os outros países onde esta energia é necessária”.
“De uma perspetiva portuguesa, o Pacto Ecológico Europeu tem a ver com infraestruturas de energia, com as interligações e com a adaptação às alterações climáticas”, adiantou a presidente da Comissão Europeia, numa alusão ao documento apresentado por esta instituição na semana passada.
Nas ações previstas no Pacto – transversal a vários setores de atividade, da indústria, à mobilidade, passando pela energia e agricultura, entre outros – incluem-se a proposta de uma tarifa fronteiriça para o carbono em determinados setores, novos regulamentos para a uma construção mais verde e uma estratégia para produção de energia eólica em ‘offshore’.
O Pacto Ecológico Europeu prevê ainda que no próximo verão a Comissão avance com um plano abrangente para reduzir em 55% as emissões de gases com efeito de estufa (face aos atuais 50%) até 2030.
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