Novo Banco perdoa dívida de 24 milhões e salva rei dos cogumelos
A banca perdoou perto de 70% dos créditos de Varandas de Sousa, maior produtor de cogumelos em Portugal, que esteve dois anos em falência. Empresas como EDP e Galp foram obrigados a perdoar créditos.
É o maior produtor de cogumelos em Portugal e esteve dois anos à beira da falência com dívidas a rondar os 60 milhões de euros. Depois de várias tentativas falhadas, a empresa foi comprada por um fundo gerido pela capital de risco Core Capital, que passou pelo perdão de cerca de três quartos da sua dívida, avançou o Negócios (acesso condicionado). O jornal conseguiu apurar que a banca perdoou perto de 70% dos seus créditos – o Novo Banco aceitou fazer um haircut de cerca de 24 milhões dos mais de 34 milhões de euros que tinha a haver, enquanto o grupo Caixa Agrícola Mútuo fez um desconto de 11 milhões aos 15,9 milhões de euros que reclamava.
Com esta solução, os credores comuns foram obrigados a perdoar praticamente todos os seus créditos sobre a Varandas de Sousa, o braço industrial do grupo Sousacamp. Estão em causa empresas como a Galp (203 mil euros), EDP (42 mil), Euroguano (270 mil), Saica Pack (262 mil) ou a Caterpillar (162 mil euros).
O administrador de insolvência da Sousacamp e da Varandas de Sousa, que foi contactado pelo Negócios, frisou que a solução encontrada “é a que melhor garante os interesses dos credores”. “Apesar de duro, o plano de recuperação aprovado tem como único propósito a continuidade deste player e a preservação do emprego”, enfatizou Bruno Costa Pereira.
O grupo tem cinco fábricas em Portugal e duas em Espanha e conta com uma faturação que ronda os 50 milhões de euros. Após ser viabilizado é constituído por três unidades industriais, situadas em Benlhevai (Fila Flor), Vila Real e Paredes, que empregam cerca de 450 colaborares.
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