Vingança iraniana deixa Wall Street à deriva

As principais praças norte-americanas negoceiam com perdas ligeiras. O índice mais penalizado é o Dow Jones, que desvaloriza 0,16%, arrastado pela Boeing.

O Irão atacou duas bases aéreas onde estavam militares norte-americanos, vingando assim a morte de Qassem Soleimani, ordenada pelo Presidente Donald Trump. A tensão entre os dois países, que tem escalado desde a sexta-feira passada, prolongou-se e manteve o sentimento negativo nas principais bolsas mundiais.

Depois do ataque ordenado por Donald Trump que vitimou o general Soleimani, o Irão prometeu vingança. E, um dia depois do funeral do militar iraniano, começou a cumprir a promessa, lançando 22 mísseis terra-a-terra contra duas bases aéreas iraquianas onde estão instaladas as tropas norte-americanas.

O Pentágono confirmou que as bases aéreas de al-Asad, a oeste de Bagdad, e outra em Erbil, no Curdistão iraquiano, foram atingidas naquela que está a ser apelidada de operação “Mártir Soleimani”. As autoridades norte-americanas negaram, no entanto, que tenha havido mortes. “Está tudo bem”, anunciou, no Twitter, Trump, que irá ainda falar ao país ao longo do dia.

Os mercados estabilizaram de alguma forma depois do disparo inicial de volatilidade, com os investidores a terem alguma segurança da ausência de mortes norte-americanas e o tom moderado das respostas oficiais”, afirmou Lukman Otunuga, analistas de research sénior da FXTM, em declarações à Reuters. “Há muita incerteza no ar com os mercados ainda à espera para ver a questão entre EUA e Irão com maior clareza”.

Neste cenário, o índice financeiro S&P 500 perde 0,01% para 3.237,40 pontos e o tecnológico Nasdaq recua 0,04% para 9.064,87 pontos. O mais penalizado é o Dow Jones, que desvaloriza 0,16% para 28.538,92 pontos, arrastado pela Boeing. A fabricante de aviação cai 1,5% depois de um avião 737-800 de uma companhia ucraniana ter ardido logo após ter levantado voo, em Teerão, causando a morte de 176 pessoas.

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