Acionistas reduzem conselho de administração da Pharol e “despedem” dois administradores

À segunda e última tentativa, os acionistas da Pharol aprovaram as duas propostas da Real Vida Seguros numa AG ainda menos participada do que a anterior.

O tamanho do conselho de administração da Pharol PHR 1,22% foi reduzido, depois de os acionistas da empresa terem aprovado uma proposta nesse sentido. Foram ainda destituídos os administradores Jorge das Neves e Aristóteles Drummond.

Os acionistas estiveram reunidos esta quarta-feira em assembleia-geral extraordinária, numa segunda e última tentativa de votar duas propostas da Real Vida Seguros, que controla 4,34% da Pharol. Ao que o ECO apurou, a reunião teve ainda menos participação do que a primeira tentativa, a 18 de dezembro, adiada por falta de quórum.

As duas propostas foram aprovadas por “unanimidade”, disse ao ECO fonte próxima da empresa, o que ditou a redução dos números mínimo e máximo de membros do board da Pharol para três e sete, contra os nove e onze que estavam previstos anteriormente, e a destituição dos dois administradores mencionados.

A diminuição efetiva do tamanho do conselho de administração era uma medida necessária porque, na perspetiva da Real Vida Seguros, os limites anteriores foram fixados “num momento em que se antevia um vasto escopo para a atividade da sociedade”. Ora, atualmente, a Pharol limita-se “à gestão da participação social” que tem na operadora brasileira Oi.

Esta reunião, agendada em novembro, também tinha sido marcada para tentar destituir o empresário brasileiro Nelson Tanure, que acabou por abandonar a Pharol pelo próprio pé a 10 de dezembro. Na altura, Tanure, que chegou a controlar direta e indiretamente mais de 18% da empresa (apesar de os estatutos estarem blindados a 10%), disse ao ECO sair com “dezenas de milhões de euros de prejuízo”.

A Real Vida Seguros é controlada pela Patris, de Gonçalo Pereira Coutinho. A empresa tornou-se acionista qualificado da Pharol a 9 de outubro. A antiga holding da Portugal Telecom é ainda controlada em 10% pela Telemar Norte Leste, em 9,56% pelo Novo Banco, em 4,88% pela High Bridge (associada a Tanure mas que está sob controlo do BCP). A empresa é cotada na bolsa de Lisboa e faz parte do PSI-20.

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