Ciber-risco é a maior ameaça para empresas – Barómetro anual Allianz
O risco cibernético é, pela primeira vez, a maior ameaça para as empresas em termos globais, revela o Allianz Risk Barometer 2020.
O avanço do ciber-risco para o topo da lista como ameaça mais importante do mundo (39% das respostas do barómetro), relega para o 2º lugar a “interrupção de negócios” (37%) e decorre da perceção de que “os incidentes cibernéticos se tornaram mais prejudiciais e caros para as empresas, resultando geralmente em ações judiciais e litígios após cada ocorrência”, detalha o documento.
O conhecimento da ameaça cibernética aumentou rapidamente nos últimos anos, impulsionado por diversos incidentes de alto perfil e pela crescente dependência de dados e sistemas de TI. Há sete anos, o ciber-risco figurava no 15º lugar do barómetro, com apenas 6% de respostas.
A interrupção dos negócios desce no ranking, mas continua a ser um desafio importante com a digitalização e a agitação civil (greves; manifestações e atos de vandalismo), criando novas causas de interrupção e perda de receitas pelas empresas.
As mudanças climáticas constituem o risco que mais progrediu no barómetro, atingindo a posição mais alta de sempre (7º lugar, com 17% das respostas). As empresas estão mais preocupadas com as perdas físicas causadas por eventos climáticos extremos, mas também receiam críticas dos consumidores e aumentam as ações legais e regulatórias.
“A preparação e o planeamento dos riscos cibernéticos e das mudanças climáticas são uma questão de vantagem competitiva e resiliência dos negócios na era da digitalização e do aquecimento global”, afirma Joachim Müller, CEO da Allianz Global Corporate & Specialty, acrescentando que as empresas devem manter “vigilância apertada” sobre esses dois riscos na nova década.
A nona edição do barómetro anual da Allianz Global Corporate & Specialty (AGCS) sobre os riscos globais que ameaçam empresas incorpora a visão de 2.718 especialistas em mais de 100 países, incluindo CEOs, gestores de risco, corretores e especialistas em seguros.
De acordo com Joachim Müller, “(…), existem muitos outros cenários de danos e interrupções, mas se os conselhos de administração e os gestores de riscos falharem em lidar com os riscos cibernéticos e de mudança climática, isso poderá ter um impacto negativo no desempenho operacional e nos resultados financeiros das suas empresas, e de reputação juntos dos stakeholders”.
Atualmente, “uma mega violação de dados – envolvendo mais de um milhão de registos comprometidos – custa em média 42 milhões de dólares, um aumento de 8% em relação ao ano anterior”, afirma Marek Stanislawski, um dos responsáveis pela área Cyber na AGCS.
Há cinco anos, um resgate típico em casos de ransomware (ataque viral com software malicioso) estaria na casa das dezenas de milhares de dólares. Agora pode estar na ordem de alguns milhões, observa o especialista.
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