Eficiência diesel num Classe E híbrido
No E, o sistema híbrido tem sido um sucesso, conjugando potência num modelo de grande porte com consumos que fazem inveja a um qualquer utilitário. Além da gasolina, agora também há a diesel.
O diesel morreu? Calma. Não é bem assim… Escândalos como os que aconteceram com estes motores deixaram-nos mal vistos aos olhos de muitos. Alguns acabaram com eles, prosseguindo outras soluções menos poluentes, ou mesmo, em teoria, sem quaisquer emissões. Foi uma mudança repentina que nem toda a indústria seguiu. Marcas como a Mercedes não o fizeram. Investiram na eletrificação, com especial enfoque nos híbridos. Mas foram inclusivas.
Em vez de tirar partido das baterias apenas para ajudarem os blocos a gasolina, a marca da estrela replicou a receita nos blocos diesel que sempre soube fazer. O resultado tem vindo a percorrer quilómetros atrás de quilómetros, saltando de gama em gama, de geração em geração, aprimorando-se em cada uma delas. No E, o sistema híbrido tem sido um sucesso, conjugando potência num modelo de grande porte com consumos que fazem inveja a um qualquer utilitário.
Se com o híbrido a gasolina tudo funciona em sintonia, sem comprometer disponibilidade de potência sempre solicitada, no híbrido a gasóleo, obtém-se exatamente a mesma combinação de sucesso, apenas com um ronco muito diferente. O diesel não se anuncia com o botão de Start, apenas mais tarde. Mas lá se denúncia quando se pede ainda mais vigor a berlina premium da fabricante de Estugarda.
Sem grandes exigências em termos de desempenho, o elétrico faz as honras de boa parte dos percursos citadinos. E fá-lo com grande eficiência. Um pé bem doseado nas acelerações, uma boa capacidade de antecipação de travagens, consegue-se rolar pelo asfalto sem perder tantos km de autonomia quanto os que se percorreu. Só há 50 km “grátis” por cada carregamento, mas é possível esticá-los com grande facilidade. Aproveitar as descidas, ou mesmo algumas travagens, permitem ver o ecrã (um dos dois do sistema MBUX) encher-se de km extra.
Fora da cidade, privilegiar o motor elétrico sai caro. A autonomia acaba por se esgotar mais rapidamente, deixando de ser possível deixar o E fazer aquilo que melhor faz: deslizar pela estrada, “engolindo” quilómetros e mais quilómetros sem dar uma dentada a carteira na hora de atestar. Definindo uma utilização inteligente do motor elétrico, permitindo o diesel fazer o que sabe fazer, permite-nos o melhor de dois mundos: uma viagem suave, com potência disponível, mas com consumos médios que por vezes custam acreditar.
A Mercedes anuncia uma média de 2 litros aos 100 km. Parece impossível, mas é real. Chega-se a conseguir fazer o inimaginável de obter valores ainda mais baixos do que os que a marca publicita. 1,6 ou mesmo 1,8 litros aos 100/km. É praticamente nada. É uma poupança de euros em litros de diesel, mas também de emissões de gases poluentes para a atmosfera. Sim, mesmo sendo diesel, a conjugação com o motor elétrico faz deste um motor amigo do ambiente.
Obviamente que as baterias, que roubam literalmente uma parte substancial da bagageira, não duram para sempre. Numa viagem mais comprida, o elétrico acaba por adormecer, sobrando apenas o fiel diesel.
A suavidade é a mesma a que a marca já habituou os clientes da marca, mas os consumos acabam por subir, embora nada por aí além tendo em conta que estamos perante um familiar de grandes dimensões. E no final de contas, todo este leque de possibilidades, o totalmente elétrico, o misto entre elétrico e o diesel e apenas o motor a gasóleo acabam por devolver consumos que mesmo assim são dignos de nota, facilmente em torno dos 4 litros.
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