“Desafios e mudanças disruptivas da economia digital vão coincidir com oportunidades”
Empresários e gestores da região Norte vão debater “Economia digital e a competitividade do futuro” com especialistas em áreas-chave do quadro financeiro plurianual da União Europeia 2021/2027.
“Existe ainda um número considerável de PME que se encontram numa fase muito inicial, em alguns casos até mesmo embrionária, do processo de transformação digital”. A avaliação é feita pela presidente da comissão executiva da Norgarante, Teresa Duarte, que considera que “os desafios e as mudanças disruptivas da economia digital vão coincidir com as oportunidades e os instrumentos de apoio apoio previstos no Quadro Financeiro Plurianual da União Europeia 2021/2027”.
A Norgarante, sociedade de garantia mútua, que opera no norte e centro norte do país quer, por isso, promover mais espaço de reflexão e interação entre empresas. É neste objetivo que se insere o encontro que decorre esta quarta-feira, em Braga. A Norgarante pretende juntar nesta conferência empresas que já deram o “salto digital” com outras que ainda estão a descobrir como incluir na sua estratégia o novo paradigma da economia do século XXI.
O encontro vai permitir aos participantes recolher informações sobre os principais impactos da digitalização da economia e da sociedade, mas, também, proporcionar um espaço de reflexão e interação empresarial sobre as principais áreas dos programas já contemplados no Quadro Financeiro Plurianual da União Europeia (UE) para os próximos sete anos (2021/2027).
Os desafios e as mudanças disruptivas da economia digital vão coincidir com as oportunidades e os instrumentos de apoio apoio” previstos no Quadro Financeiro Plurianual da União Europeia 2021/2027.
Este próximo quadro financeiro privilegiará áreas como investigação e inovação, transformação digital e investimento empresarial e em infraestruturas, através de programas como Europa Digital, Horizonte Europa, “Connecting European Facility” e InvestEU.
Nos últimos anos, Portugal tem vindo a subir nos rankings europeus da inovação e da tecnologia, mas no mercado global continua a ser percecionado como um player de nível “moderado”. A versão mais recente do painel regional de inovação da União Europeia divulgada no último verão, confirma essa progressão, mas evidencia o investimento que as empresas portuguesas têm de continuar a fazer para poderem comparar com as suas congéneres europeias nas áreas de inovação, I&D, desenvolvimento tecnológico, talento e produtividade.
Desde 2011, o tecido empresarial nacional é aquele que, entre os 28 países da UE, mais tem feito para se reinventar, procurando conquistar pela inovação, defende Teresa Duarte, o que, porventura, pela escala, pelos processos, pelos produtos e pela produtividade não tem conseguido, lamenta. Um dos objetivos da Norgarante é ajudar as empresas a dar esse salto, acrescenta.
A Norgarante até final de dezembro de 2019 apoiou 51.605 micro, pequenas e médias empresas da região Norte e dos distritos mais a Norte da região Centro, que beneficiaram de quase 133 mil garantias emitidas, cujo valor agregado ascendeu a 7 mil milhões de euros.
A conferência será realizada no Altice Forum Braga, a partir das 14H30 e vai contar com um painel de especialistas em temáticas como economia digital, inovação, disrupção e produtividade. É o caso de Nadim Habib, economista, consultor e professor da Nova School of Business and Economics, André Fonseca Ferreira, economista, fundador da consultora Chain Reaction e docente da Porto Business School e, ainda, de Gaspar d’Orey, engenheiro civil com pós-graduação em finanças e CEO do Dott, shopping online resultante de uma parceria entre o grupo Sonae e os CTT.
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