Japão emite nova ordem de detenção para Carlos Ghosn
Novo mandado de detenção está relacionado com a fuga de Ghosn para Beirute. Japão acusa o antigo presidente da Nissan de violar a lei de controlo migratório por sair ilegalmente do país.
As autoridades japonesas anunciaram um novo mandado de detenção para o ex-presidente da Nissan Carlos Ghosn, que fugiu em dezembro do Japão, onde deveria ser julgado, para o Líbano.
Ghosn, que estava acusado de irregularidades financeiras relacionadas com a gestão da Nissan, fugiu do Japão no passado dia 29 de dezembro, quando se encontrava em liberdade sob fiança, após ter sido detido em novembro de 2018 e libertado ao fim de alguns meses.
O Ministério Público de Tóquio indicou que o novo mandado de detenção está relacionado com a fuga para Beirute e acusa Ghosn de violar a lei de controlo migratório por sair ilegalmente do país. O Líbano não tem acordo de extradição com o Japão.
A nota das autoridades detalha que Ghosn, que tem nacionalidade francesa, libanesa e brasileira, abandonou o Japão antes da meia-noite de 29 de dezembro através do aeroporto internacional de Kansai, em Osaka, num avião privado que foi para a Turquia, tendo o gestor seguido depois para o Líbano.
Ghosn, que também foi presidente do grupo automóvel francês Renault e da empresa japonesa Mitsubishi, não passou por qualquer controlo migratório, já que terá ido escondido numa mala para chegar ao avião que saiu de Osaka.
No Líbano entrou com passaporte francês e um documento de identidade libanês, informaram na altura as autoridades libanesas.
Os procuradores de Tóquio ordenaram também a detenção de três norte-americanos por “conspirarem” para permitir a fuga para o Japão do ex-presidente da Nissan.
Essas três pessoas são identificadas como Michael Taylor, de 59 anos, George Zayek, de 60, segundo os ‘media’ norte-americanos os mais diretamente envolvidos na fuga de Ghosn, bem como Peter Taylor, de 26 anos.
De acordo com o comunicado do Ministério Público, estas três pessoas “contribuíram para a fuga” de Ghosn sabendo que não podia sair do país, o que faz com que sejam alegadamente responsáveis por violar as leis de imigração e “esconder um réu”.
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