Aumento extra na Função Pública “é uma proposta provocadora”, diz Ana Avoila

  • ECO
  • 6 Fevereiro 2020

A Frente Comum está descontente com o aumento extra na Função Pública, para além do aumento de 0,3% que o Governo tem em cima da mesa.

Os sindicatos dos funcionários públicos já estavam descontentes com o aumento de 0,3% que o Governo tem em cima da mesa, e o mesmo se aplica ao aumento extra. Do lado da Frente Comum, Ana Avoila já tinha referido que os 0,3% eram um valor “insultuoso” e, desta vez, em entrevista ao Público e à Renascença, sublinha que o aumento extra “é uma proposta provocadora”.

Se o aumento extra para a Função Pública acontecer através de um pequeno aumento nos dois escalões mais baixos, isso será uma “proposta provocadora”, sublinhou Ana Avoila. “Por causa do aumento do salário mínimo, o Governo, no passado, em vez de atualizar a primeira posição da tabela remuneratória única, para depois fazer a devida proporcionalidade até ao fim como a lei manda, não o fez“, explicou.

Referindo que “o ano passado foi o cúmulo”, a representante da Frente Comum notou que “o Governo sabe perfeitamente que no ano passado, com os 635 euros, criou uma situação que é inaceitável e incomportável em termos de relações humanas dentro dos locais de trabalho”, porque “635 para quem está há 30 anos e 635 para quem entra, não pode ser”.

Ana Avoila lamentou também o facto de o Governo ainda não ter enviado aos sindicatos as propostas salariais e que isso “é uma prática que se instalou dentro da administração pública”. “É uma falta de cultura democrática, uma falta de respeito pelos trabalhadores, mais do que pelos sindicatos”, disse, referindo que esta situação “é lamentável e cria indignação nos trabalhadores”.

A líder sindical falou ainda do papel de Mário Centeno, comparando com o ex-ministro Vítor Gaspar. “São pessoas das Finanças, muito bons para dar aos grandes grupos económicos com o argumento de que querem construir um país sem défice”, disse, acrescentando não ver grande diferença entre ambos. “Nós na Administração Pública, não sentimos diferença nenhuma entre um e o outro. Um fez uma grande carga fiscal e este ainda não a tirou, não é?“, rematou.

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