Consumo real dos automóveis 42% acima do anunciado
A Federação Europeia dos Transportes e Ambiente conclui que os valores errados de consumos têm um custo médio de 450 euros por ano para os consumidores.
O seu carro consome o que a marca anunciava? Provavelmente não. Mas é normal. De acordo com um estudo da Federação Europeia dos Transportes e Ambiente, a diferença entre o consumo real e o apresentado pelas fabricantes é de 42%, o que se traduz em custos avultados para os condutores. Gastam, em média, mais 450 euros por ano em combustível do que o previsto.
É cada vez maior a diferença entre o consumo de combustível relatado pelos fabricantes de automóveis com base em testes de laboratório e o consumo real em estrada, defende a federação da qual faz parte a Quercus, num estudo citado pela TSF. Registam-se diferenças sempre acima dos 35%, com a diferença média “a crescer de forma exponencialmente nos últimos ano”.
Atualmente, em toda a indústria automóvel, essa diferença média é de 42%, quando em 2012 se ficava pelos 28%, sendo a Mercedes a fabricante que apresenta o maior diferencial entre o consumo medido e aquele que efetivamente se verifica na utilização real do veículo: mais de 50% de diferença.
O trabalho defende que há sinais claros de que várias marcas estão a manipular os dados relativos à eficiência no consumo, o que terá um peso médio de 450 euros por ano no bolso dos condutores europeus face ao publicitado pelas marcas.
Além dos consumidores, o presidente da Quercus, João Branco, diz que também o Estado fica a perder pois a cobrança de impostos está muito dependente do consumo de combustível e do desempenho ambiental.
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