Volkswagen gasta mais mil milhões no escândalo das emissões poluentes
A Volkwagen chegou a um novo acordo nos Estados Unidos com reguladores e proprietários e vai gastar mais mil milhões de dólares para reparar ou comprar 83 mil veículos da VW, Audi e Porsche.
A Volkswagen vai gastar mais mil milhões de dólares a reparar ou a comprar automóveis com o mecanismo de manipulação dos testes às emissões poluentes, mediante um novo acordo com os reguladores e proprietários norte-americanos assinado esta terça-feira. O acordo abrange cerca de 83 mil modelos de luxo da Volkswagen, da Audi e da Porsche, com motores de três litros a gasóleo e fabricados a partir de 2009.
O acordo prevê também a criação de um fundo com vista a mitigar o impacto ambiental dos veículos da fabricante, no valor de 225 milhões de dólares. Outros 25 milhões de dólares servirão de apoio aos “esforços” para disponibilizar automóveis elétricos a mais pessoas na Califórnia.
Segundo a Bloomberg, a Volkswagen poderá reparar os veículos com o mecanismo manipulador se isso for aprovado pelo governo. Mas, à semelhança de um acordo anterior, que abrangeu 475 mil carros com motores de dois litros a diesel, a marca poderá adquirir alguns dos modelos mais antigos aos proprietários.
Desde que o escândalo veio a público, a marca já aceitou gastar mais 19 mil milhões de dólares para resolver a situação, só nos Estados Unidos da América e Canadá. O certo é que o número ainda deverá aumentar, tendo em conta os processos judiciais que que ainda estão em curso, indica o jornal britânico The Guardian.
“É um importante passo em frente nos nossos esforços de resolver a situação aos nossos clientes. Estamos focados em recuperar a confiança de todos os nossos acionistas e agradecemos aos nossos clientes e distribuidores pela paciência à medida que o processo avança”, apontou a Volkswagen num comunicado. Ainda há pormenores por fechar.
Este novo acordo abrange também a Bosch, que desenvolveu o software para os veículos da Volkswagen e que é acusada e também ter estado envolvida no esquema da manipulação de emissões poluentes. Porém, a empresa indicou em comunicado que “nem reconhece os factos alegados pelos requerentes nem aceita qualquer responsabilidade” no caso.
Em setembro do ano passado, a fabricante alemã Volkswagen admitiu ter instalado software para manipular os testes às emissões poluentes em 475 mil automóveis com motores a dois litros nos Estados Unidos — segundo o The Guardian, chegam a emitir até 40 vezes mais do que os limites legais. Mas a extensão do problema era ainda maior. Mais tarde, a empresa reconheceu que um mecanismo semelhante também fora instalado nos carros com motores de três litros e que 80 mil automóveis nos Estados Unidos estariam com emissões nove vezes acima dos limites.
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