Economia portuguesa tende a arrefecer este inverno
Se as perspetivas económicas na zona euro melhoraram nesta reta final do ano, o INE alerta que em Portugal a tendência é contrária: o indicador de novembro sinaliza uma queda.
O Inverno começou esta quarta-feira e a economia portuguesa vai arrefecer: na síntese de conjuntura divulgada hoje pelo INE, os indicadores económicos disponíveis até outubro e novembro estão em queda. O relatório prevê que a saúde da economia portuguesa esteja novamente em causa.
Desde janeiro de 2016 que o indicador de clima económico divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística está a recuperar. No entanto, os números de novembro mostram que a tendência vai inverter-se. “O indicador de clima económico diminuiu em outubro e novembro, após ter aumentado nos dois meses precedentes”, escreve o INE. A ajudar para congelar a economia portuguesa está o indicador do investimentos, Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), que tem vindo a diminuir com o contributo negativo da componente de material de transporte.
Este indicador registava 0,8% em janeiro de 2016. A evolução foi sempre positiva até ao pico em setembro, altura em que chegou aos 1,4%. Mas o final do ano não trouxe boas notícias, que se podem alastrar a 2017: o indicador de clima económico diminuiu em outubro para 1,3% e em novembro para 1,2%. A manter-se esta trajetória, o inverno vai mesmo arrefecer com o clima da economia portuguesa.
É que o indicador de atividade económica também está em queda, mas esta é uma tendência que se verifica já desde 2015. Em janeiro de 2016 era de 2,3% e em outubro já estava nos 0,9%. “O indicador de atividade económica diminuiu em setembro e outubro, prolongando o perfil descendente anterior”, analisa o INE. Assim, os dois indicadores mostram um arrefecimento da economia portuguesa, uma tendência que acompanhar o baixar da temperatura.
Contudo, também há nota para potenciais evoluções positivas. “Em termos homólogos, a informação proveniente dos Indicadores de Curto Prazo (ICP), disponível até outubro, aponta para uma aceleração da atividade económica em termos nominais, em resultado do comportamento verificado nos serviços e na indústria”, escreve o INE, destacando a evolução positiva do consumo privado, nas duas componentes de consumo duradouro e consumo corrente.
Editado por Mónica Silvares
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