Lucros da Semapa recuam 6,4%. Negócio de pasta e papel penalizou

  • ECO
  • 13 Fevereiro 2020

Os lucros da Semana, dona da Secil e acionista da Navigator, caíram 6,4% no ano passado, para 124,1 milhões de euros. A empresa teve melhorias no negócio do cimento, mas foi penalizada pelo do papel.

Os lucros da Semapa caíram 6,4% no ano passado, tendo-se fixado em 124,1 milhões de euros, revelou a empresa num relatório divulgado através da CMVM.

Apesar da melhoria do desempenho dos segmentos de cimento e outros materiais de construção, e de ambiente, a dona da Secil, que também é acionista maioritária da Navigator, aponta que “não foi suficiente para compensar a redução de 83,1 milhões de euros” no segmento de pasta e papel.

Em termos consolidados o volume de negócios do grupo aumentou 1,4% para 2.228,5 milhões de euros, o ano passado, e as as exportações, que representa 73,8% do volume de negócios, ascenderam a 1.644,7 milhões de euros, precisa o comunicado.

O EBITDA [lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações] fixou-se em 486,8 milhões de euros uma descida de 11,2% face ao ano anterior. E a margem consolidada situou-se nos 21,8%, 3,1 p.p. abaixo da registada no ano anterior. Mais uma vez a quebra mais significativa foi ao nível da pasta de papel (18,3%), enquanto no cimento o aumento foi de 20,9% e no ambiente 44,6%.

Contribuição por segmentos de negócio

Em termos de resultados operacionais houve um acréscimo das vendas em todos os segmentos com exceção do papel e do cimento que tiveram quebras de 4,4% e 0,7% respetivamente face a 2018. Mas numa análise trimestral, em termos homólogos, nos últimos três meses do ano, só se registou uma quebra ao nível do papel (3%)

A empresa explica que “o ano de 2019 foi marcado pela deterioração das condições de mercado de pasta, em particular pela queda dos preços e pelo enfraquecimento da procura no mercado Europeu”. Além disso, “a grande criação de stocks, sobretudo na China, no final de 2018 e durante o 1º semestre de 2019 contribuíram significativamente para a queda dos preços de pasta”, explica ainda a empresa na informação ao mercado.

Já as vendas de tissue registaram um aumento de 51,6% do volume, num total de 95,7 mil toneladas, na sequência do arranque da nova fábrica de tissue de Aveiro. “O valor de vendas situou-se em 132,0 milhões de euros vs. 91,1 milhões de euros em 2018, crescendo 44,9%”.

(Notícia atualizada)

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