Portugal vai ao mercado emitir até 1.250 milhões de dívida de curto prazo
IGCP anunciou um leilão duplo de bilhetes do Tesouro a três e 11 meses. A operação irá realizar-se na próxima quarta-feira.
Portugal vai voltar ao mercado de dívida pública de curto prazo. A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública – IGCP vai realizar, na próxima quarta-feira, um leilão duplo de bilhetes do Tesouro (BT) a 3 e 11 meses, no qual pretende colocar até 1.250 milhões de euros.
“O IGCP, E.P.E. vai realizar no próximo dia 19 de fevereiro pelas 10h30 dois leilões das linhas de BT com maturidades em maio de 2020 e em janeiro de 2021, com um montante indicativo global entre 1.000 milhões e 1.250 milhões de euros”, anunciou a agência liderada por Cristina Casalinho, em comunicado.
Este é o primeiro leilão de títulos com estas maturidades que o IGCP realiza este ano, sendo que a última colocação comparável aconteceu a 16 de outubro. Na altura, Portugal conseguiu emitir 1.250 milhões de euros com juros negativos.
A 11 meses, colocou 900 milhões de euros, com um juro de -0,450% e uma procura 1,74 vezes superior à oferta. Já no caso dos títulos a três meses, foram 350 milhões de euros com uma taxa média de -0,475% e uma procura maior que a oferta em 3,66 vezes.
O leilão vai acontecer uma semana depois de, pela primeira vez, Portugal ter conseguido juros negativos em leilões de obrigações do Tesouro. Até então, Portugal apenas tinha registado taxas negativas em leilões de bilhetes do Tesouro que têm maturidades bem mais curtas do que as obrigações.
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