Cidade do Porto quer consumir energia só de fontes 100% renováveis
Câmara Municipal do Porto anunciou que vai lançar um concurso público brevemente. Energia de origem 100% renovável é a principal exigência da autarquia.
A cidade do Porto quer ser mais ecológica e amiga do ambiente. Vai lançar brevemente um concurso público, após votação unânime do executivo autárquico, para que toda a energia consumida pelo município do Porto e pela maior parte das empresas municipais seja de origem 100% renovável. A decisão foi tomada tendo em conta que se aproxima o fim da vigência dos atuais contratos de energia elétrica.
“O município do Porto vai exigir que os concorrentes garantam que o fornecimento da energia provenha somente de fontes renováveis“, adianta a autarquia.
Além da autarquia do Porto, o agrupamento do concurso inclui as empresas Ágora – Cultura e Desporto do Porto, Empresa Municipal do Ambiente do Porto (EMAP), Gestão e Obras do Porto (GO Porto) e Empresa de Águas do Porto (CMPEA).
Um dos objetivos da cidade do Porto é a “redução de emissões de gases com efeito de estufa em 50% até 2030”. Para isso, assinou no ano passado em Génova o compromisso de reduzir pelo menos em 40% as emissões de carbono até 2030, em consonância com os objetivos climáticos da União Europeia e integrando um grupo de 12 cidades europeias. No entanto, o Porto decidiu ir ainda mais longe e determinou que quer alcançar os 50% de redução da pegada carbónica.
Para além deste concurso, a autarquia tem ainda em curso outros projetos como o Porto Solar, que consiste na instalação de sistemas fotovoltaicos em 29 coberturas de edifícios municipais, com potencial de redução anual de 500 toneladas de CO2 e gases equivalentes, ou até mesmo a substituição integral da iluminação pública por luzes LED. Somam-se outros projetos, como o FUN Porto – Florestas Urbanas Nativas do Porto que promove a expansão do arvoredo na cidade, e ainda a substituição da frota municipal por veículos elétricos ou híbridos plug-in.
Refere a autarquia que esta decisão de eletrificar 70% da frota já reverteu numa poupança financeira de 600 mil euros por ano em combustível, estimando uma redução da emissão de 2,3 mil toneladas de CO2 para a atmosfera, em quatro anos.
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