Oito casinos portugueses anunciam encerramento temporário
Em causa estão os casinos de Espinho, Chaves, Vilamoura, Portimão e Monte Gordo, operados pelo grupo Solverde, além dos casinos de Lisboa, Estoril e Póvoa de Varzim, concessionados à Estoril-Sol.
Os grupos Solverde e Estoril-Sol, que operam oito dos onze casinos em Portugal, anunciaram que pediram ao Estado a autorização para o encerramento temporário dos seus estabelecimentos físicos de jogo, como medida preventiva de propagação da Covid-19.
Em causa estão os Casinos Espinho, Chaves, Vilamoura, Portimão e Monte Gordo, operados pelo grupo Solverde além dos Casinos de Lisboa, Estoril e Póvoa de Varzim cuja concessão está na esfera do grupo Estoril-Sol.
Também o Casino Figueira requereu ao Estado para encerrar o espaço ao público, a contar a do dia 14 de março e pelo período de 14 dias. “A reabertura ocorrerá após reavaliação da situação”, disse o casino da Figueira da Foz. “O Casino Figueira está consciente do forte impacto financeiro negativo desta decisão, na empresa e na Figueira da Foz mas entendeu que estamos perante uma emergência de saúde pública e esta decisão visa proteger todos os colaboradores e clientes, pois o supremo valor da vida humana impõe-se a tudo o resto”, acrescentou em comunicado.
O mesmo disse o grupo Solverde. “A administração do grupo Solverde está segura que esta iniciativa se impunha na defesa dos superiores interesses dos seus colaboradores, clientes e saúde publica em geral“, pode ler-se num comunicado enviado pelo grupo aos seus colaboradores a que agência Lusa teve acesso.
No mesmo texto, o grupo Solverde informou que a medida de encerramento vigora a partir de hoje e se irá prolongar por 14 dias, garantindo que “desenvolverá todos os esforços para que esta situação tenha o menor impacto possível em todos os seus colaboradores“, recomendando que os mesmos “sigam as instruções dadas pela Direção Geral de Saúde”.
Já o grupo Estoril-Sol, num comunicado enviado à agência Lusa, não especificou o período pelo qual vigorará o encerramento temporário dos seus casinos, mas informou que a medida “embora ainda se encontre em processo de avaliação pela tutela”, será implementada “desde já considerando a sua urgência”.
“Com esta decisão, a Estoril Sol tem como objetivo primordial assegurar o bem-estar e a saúde dos seus visitantes e dos seus funcionários, procurando minimizar o impacto desta pandemia na sociedade em geral”, pode ler-se no comunicado.
No mesmo texto, a empresa garante que se “manterá atenta à evolução deste problema de saúde pública em escala mundial, mantendo-se em estreita cooperação com as autoridades nacionais e disponibilizando-se para a alteração de procedimentos ou adoção de novas medidas que assim se justifiquem”.
A Federação dos Sindicatos de Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal (FESAHT) “exigiu ao Governo medidas imediatas que protejam a vida e saúde dos clientes e trabalhadores das salas de jogo de casinos e bingos”.
Num comunicado enviado antes da medida anunciada pelos grupos Solverde e Estoril-Sol, a federação de sindicatos considerou que o Estado deixou os trabalhadores destes estabelecimentos “ao abandono”.
“O mínimo que se exige ao Governo e às concessionárias de jogo era que se restringisse o acesso aos casinos a clientes/jogadores (…) e que se limitasse o número de jogadores por mesa para permitir o menor contacto entre os clientes e os trabalhadores”, pode ler-se num comunicado da FESAHT.
Os sindicalistas consideraram que as medidas de higiene para a evitar a propagação do Covid-19 nestes locais não têm sido suficientes e apontaram que “nas salas de jogo do bingo a situação ainda é pior”.
“Não foram feitas circulares aos trabalhados, não existe gel desinfetante nem um reforço de limpeza”, denuncia a FESAHT.
(Notícia atualizada às 15h46 do dia 17 de março com reação do Casino Figueira)
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