Com vírus, pessoas começam a fugir aos treinos. Ginásios aplicam medidas e alguns encerram
Durante o surto do novo coronavírus, os ginásios estão a redobrar as limpezas e disponibilizar gel desinfetante nos espaços de treino. Alguns optam mesmo por encerrar.
Com o número de casos do novo coronavírus a aumentar e medidas a serem implementadas, as pessoas começam a mudar os hábitos do dia-a-dia. Um deles é a ida ao ginásio, sendo que em alguns espaços já se começa a sentir uma quebra no número de visitas. Os ginásios começam a desenhar planos de contingência e alguns optam mesmo por encerrar temporariamente.
Foi o caso dos ginásios Go Fit, que decidiram encerrar temporariamente todos os centros a partir desta sexta-feira, “até que a situação se normalize”, anunciam no site. O grupo tem dois ginásios em Lisboa, no Campo Grande e nos Olivais, bem como vários espaços em Espanha. No comunicado, que foi também enviado aos clientes por email, adiantam que irão oferecer, através da app, “a possibilidade de treinar em casa, através de um serviço de treinos virtuais”.
Os ginásios Solinca, Pump e One também vão suspender a atividade a partir de sábado. Ao grupo junta-se o 1Fight, ginásio no Saldanha, que também decidiu fechar as portas a partir deste sábado. A decisão chegou nesta sexta-feira. O clube sublinhou, numa publicação no seu perfil de Instagram, que os treinadores vão preparar treinos que os clientes vão poder fazer em casa.
O FitTejo é outro dos espaços que decidiu encerrar “por tempo indeterminado”. O ginásio na Moita estava “preparado para encerrar o tempo que a Direção-Geral de Saúde (DGS) considerar suficiente para travar esta pandemia”, segundo apontou fonte oficial ao ECO. Apesar de a DGS não decretar o encerramento, o espaço acabou por optar tomar esta “medida preventiva”.
A Associação de Ginásios de Portugal (Portugal Ativo|AGAP) referiu que “foram adotadas em tempo útil todas as medidas que a Direção-Geral de Saúde determinou e os clubes que tiveram casos comprovados de pessoas infetadas foram encerrados”, em comunicado.
Tal aconteceu no espaço do Fitness Hut da Alexandre Herculano. O grupo avisou os clientes do clube que esse espaço estaria fechado a partir desta sexta-feira, porque um dos sócios contactou o grupo dando conta que teve resposta positiva na análise ao teste do Covid-19. O clube está encerrado temporariamente para proceder a medidas de limpeza e desinfeção extraordinárias.
Entretanto, esta sexta-feira à noite, o Fitness Hut decidiu mesmo fechar todos os clubes. “Perante a dimensão do impacto do Covid-19 e em simultâneo com as recomendações emitidas pelas autoridades de saúde de Portugal e Espanha, a empresa decidiu encerrar temporariamente os seus 96 ginásios em ambos os países”, lê-se, em comunicado.
O grupo decidiu ainda que, a partir deste sábado, “a adesão estará suspensa a todos os sócios e consequentemente não será debitado aos mesmos nenhum valor até a reabertura dos ginásios”.
Apesar de ter definido planos de contingência e algumas medidas, a AGAP mostrou preocupação com o caminho a seguir, já que, na declaração da situação de alerta não foi decretado o encerramento dos ginásios. Desta forma, “foi solicitado à Secretaria de Estado da Juventude e Desporto um esclarecimento, urgente e cabal, sobre quais as medidas de limitação de frequência de utentes nos Clubes de Fitness e Ginásios”.
Assim, a associação aconselhou a suspensão das atividades em todos os clubes de fitness, perante o desenvolvimento da pandemia, medida que considerou difícil, mas necessária. “Aconselhamos a que todos os Clubes de Fitness suspendam as suas atividades. Esta medida justifica-se devido ao agravamento da situação no país e no âmbito da política de responsabilidade social que sempre seguimos, neste e noutros domínios”, referiu a AGAP, em comunicado enviado esta sexta-feira.
Já no Holmes Place, cadeia de ginásios que tem já definido um plano de contingência, apenas se registou “uma maior procura pelos sócios em estarem informados das medidas de prevenção implementadas, como a higienização das mãos, regras de etiqueta respiratória e distanciamento social”, sinalizou fonte oficial ao ECO.
O grupo reforçou a periodicidade da limpeza “nos espaços que incluem superfícies de maior contacto (acessos, receção, casas de banho, bar, gabinetes e ginásio) e dos equipamentos de ginásio/estúdios, com uma solução de hipoclorito de sódio para desinfeção”.
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