Diplomata e senador brasileiro que acompanharam Bolsonaro nos EUA testam positivo
São já quatro casos que afetam a delegação brasileira liderada por Bolsonaro, cujo teste deu negativo, mas que irá ser submetido a novo exame.
Um diplomata e um senador que acompanharam o Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, na sua recente viagem aos EUA, testaram positivo para o novo coronavírus, informaram fontes oficiais brasileiras esta sexta-feira.
Este é o quarto caso que afeta a delegação brasileira liderada por Bolsonaro, cujo teste deu negativo, mas que irá ser submetido a novo exame. O primeiro contágio foi o do chefe de imprensa da Presidência, Fabio Wajngarten.
A advogada Karina Kufa, tesoureira da Aliança pelo Brasil – novo partido de Bolsonaro -, também foi infetada ficará em isolamento durante dez dias.
Os dois novos casos anunciados na noite de sexta-feira correspondem ao encarregado dos Negócios do Brasil em Washington, o diplomata Nestor Forster, e o senador Nelson Trad Filho, do Partido Social Democrático e que preside à Comissãodos Negócios Estrangeiros da Câmara Alta do congresso brasileiro.
Durante essa viagem, que durou quatro dias, entre o último sábado e terça-feira, Bolsonaro e membros do seu partido participaram em vários eventos em Miami, incluindo um jantar com o Presidente dos EUA, Donald Trump.
Bolsonaro, que até agora não apresentou sintomas da doença, passou a ser considerado um caso suspeito, mas os testes realizados no dia anterior foram negativos, anunciou o Presidente nas redes sociais.
Também os ministros que acompanharam o Presidente testaram negativo.
O Brasil confirmou até sexta-feira 98 casos de coronavírus, a maioria deles no estado de São Paulo (56), o mais populoso e rico do país, e investiga cerca de 1.500 considerados suspeitos, embora sem registar mortes.
Forster, escolhido pelo Governo para ser o próximo embaixador brasileiro nos Estados Unidos, soube dos resultados dos seus testes para o coronavírus na sexta-feira à noite.
Por recomendação médica, o diplomata permanecerá em quarentena pelas próximas duas semanas, conforme relatado pela Embaixada do Brasil em Washington no seu site.
O ministro dos Negócios Estrangeiros, Ernesto Araújo, ainda aguarda os resultados dos exames.
Durante sua visita a Miami, Bolsonaro minimizou os riscos do coronavírus, em torno dos quais alegou que estava a ser gerada uma espécie de “ficção” e “fantasia”, pelas quais culpou parcialmente a imprensa.
No entanto, na véspera da reunião, mudou de tom e, após o teste positivo do seu chefe de imprensa e de se submeter a uma análise, instou os brasileiros a adotarem medidas de precaução e até a evitarem grandes concentrações.
Também parou de apertar as mãos e abraçar os seguidores que o esperam praticamente todos os dias nos portões do Palácio da Alvorada, a sua residência oficial em Brasília.
O novo coronavírus responsável pela Covid-19 foi detetado em dezembro, na China, e já provocou mais de 5.300 mortos em todo o mundo, levando a Organização Mundial de Saúde (OMS) a declarar a doença como pandemia.
O número de infetados ultrapassou as 140 mil pessoas, com casos registados em mais de 120 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 112 casos confirmados.
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