Macron anuncia fecho das fronteiras externas da UE a viagens não essenciais
São permitidas entradas de trabalhadores dos sistemas de saúde e cientistas que estão a trabalhar numa solução para esta crise –, e ainda para residentes e trabalhadores fronteiriços.
Emmanuel Macron, Presidente francês, anunciou que a partir de amanhã ao meio-dia, todas as fronteiras externas da União Europeia (UE) e do espaço Schengen serão fechadas a viagens não essenciais, por 30 dias, devido à propagação do Covid-19.
“A partir de amanhã ao meio-dia, as fronteiras à entrada da União Europeia do Espaço Schengen serão fechadas […] Todas as viagens entre países não-europeus e a União Europeia serão suspensas durante 30 dias”, precisou o Presidente francês esta segunda-feira numa mensagem televisiva ao país.
O Presidente explicou ainda que os franceses que estão fora da União Europeia poderão voltar, caso assim desejem.
A Comissão Europeia tinha já anunciado esta segunda-feira a intenção de restringir, por 30 dias, as viagens não essenciais para a União Europeia para tentar conter a propagação do novo coronavírus e evitar pressionar mais os sistemas de saúde no espaço comunitário.
“Informámos os nossos parceiros do G7 que propusemos introduzir uma restrição temporária a viagens não essenciais para a UE”, declarou em conferência de imprensa, em Bruxelas, a presidente do executivo comunitário, Ursula von der Leyen.
“Claro que haverá exceções, por exemplo para os cidadãos da UE que queiram regressar a casa, para os trabalhadores dos sistemas de saúde – como médicos, enfermeiros e também cientistas que estão a trabalhar numa solução para esta crise –, e ainda para residentes e trabalhadores fronteiriços”, precisou Ursula von der Leyen.
O fecho ou controlo de fronteiras entre países da União Europeia já começou. Entre Portugal e Espanha, o controlo da fronteira vai ser feito a partir das 23:00 de hoje, sendo também a esta hora que vão ser suspensas as ligações aéreas, ferroviárias e fluviais.
O coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infetou cerca de 170 mil pessoas, das quais 6.850 morreram.
Das pessoas infetadas em todo o mundo, mais de 75 mil recuperaram da doença.
O surto começou na China, em dezembro, e espalhou-se por mais de 140 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
Depois da China, que regista a maioria dos casos, a Europa tornou-se o epicentro da pandemia, com mais de 55 mil infetados e pelo menos 2.684 mortos.
A Itália com 2.158 mortos (em 27.980 casos), a Espanha com 297 mortos (8.794 casos) e a França com 148 mortos (6.633 casos) são os países mais afetados na Europa.
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