Metro de Lisboa abre canais de validação de bilhetes
Empresa pretende criar “as condições necessárias para garantir o aumento da facilidade de deslocação” dos passageiros e minimizar a necessidade de interação com os equipamentos.
O Metropolitano de Lisboa abriu os canais de validação em toda a rede para aumentar a facilidade de deslocação e uma menor necessidade de intervenção dos trabalhadores, com “o consequente distanciamento social pretendido”, devido ao surto de Covid-19.
Em comunicado, o Metropolitano de Lisboa refere que, com a abertura dos canais de validação, pretende-se criar “as condições necessárias para garantir o aumento da facilidade de deslocação” dos passageiros, “evitando o contacto de títulos e de passes nos validadores que, apesar das medidas já implementadas de reforço de limpeza, poderão sempre ser pontos de contágio e potenciais transmissores da Covid-19”.
Por outro lado, lê-se na nota, a abertura dos canais permitirá igualmente minimizar a necessidade de interação com os equipamentos, por parte dos colaboradores do Metropolitano de Lisboa, diminuindo o risco de contágio e “mantendo uma maior reserva de trabalhadores fisicamente aptos, garantindo-lhes algum período profilático”.
Haverá, também, a redução de um conjunto de tarefas que se encontram, atualmente, asseguradas por prestadores de serviços na área da vigilância, da limpeza e da recolha de dinheiro.
O Metropolitano de Lisboa, que está agora na “quarta fase de implementação do Plano de Contingência” da empresa, indica que reavaliará os efeitos de implementação da medida até ao fim do mês e continuará a acompanhar a evolução a situação, “em função dos níveis de procura e de disponibilidade dos seus colaboradores”, adotando as medidas que, a cada momento, se considerarem necessárias para garantir as melhores condições de saúde e de segurança.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, infetou mais de 210 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 8.750 morreram. Das pessoas infetadas, mais de 84.000 recuperaram da doença.
O surto começou na China, em dezembro, e espalhou-se já por 170 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) elevou esta quarta-feira o número de casos confirmados de infeção para 642, mais 194 do que na terça-feira. O número de mortos no país subiu para dois.
Esta noite, o Presidente da República decretou o estado de emergência em Portugal, por 15 dias, devido à pandemia de Covid-19. O anúncio foi feito por Marcelo Rebelo de Sousa numa comunicação ao país, a partir do Palácio de Belém, em Lisboa, depois de ouvido o Conselho de Estado, ter obtido o parecer positivo do Governo e a aprovação do decreto pela Assembleia da República, em Lisboa.
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