Por que investem tantos gigantes na fintech dinamarquesa Tradeshift?
Tem seis anos e já chegou a 190 países, mas o que tem a dinamarquesa Tradeshift de especial? A empresa torna os negócios mais simples, num mundo globalizado.
Como toda a boa startup, a Tradeshift começou com a identificação de um problema. Por que é que na era da globalização e da comunicação imediata em redes sociais com design fácil de perceber, é tão difícil para as empresas relacionarem-se entre si internacionalmente e emitirem recibos, contas e faturas umas às outras? A startup dinamarquesa que começou há seis anos veio oferecer uma solução, e o seu trabalho não passou despercebido, com o Santander a ser só o último de uma série de grandes players que vem investir na empresa.
O que é que leva o HSBC, a American Express e mesmo a maior empresa de empréstimos online da China, a CreditEase, assim como o Santander, a investir na empresa de fintech (tecnologia ligada à área financeira) da Dinamarca? Para responder à questão, o CEO e fundador da Tradeshift foi entrevistado pelo Business Insider, e destacou que a startup é pioneira na área das redes empresariais.
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“O que estamos a fazer é uma coisa bastante nova”, disse Christian Lanng ao Business Insider. “Estamos a fornecer uma rede para ligar empresas que fazem negócios juntos”. Através da plataforma da Tradeshift, é possível as empresas enviarem recibos e pedidos de pagamento, trocarem informações, e colaborarem de uma forma centralizada, em vez de trocarem emails, faxes e correio de maneira difícil de organizar.
“A nossa ideia principal era: temos o Facebook, o Twitter e o LinkedIn, mas no que toca às empresas, porque é que não podemos ligá-las na nuvem de uma forma que se assemelhe ao LinkedIn ou ao Facebook?”, disse Lanng numa outra entrevista com o Wall Street Journal (acesso pago).
Segundo disse Lanng ao WSJ, a Tradeshift deverá acabar 2016 com lucros de mais de 50 milhões de dólares. Na última ronda de financiamento, a Tradeshift foi avaliada em mais de 500 milhões de dólares. Os utilizadores da Tradeshift incluem o serviço nacional de saúde britânico e a DHL, entre mais de 500 mil empresas em 190 países.
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“Qualquer novo processo que se queira iniciar é só mais uma aplicação por cima da nossa plataforma”, explica Lanng ao Business Insider. “Se eu quisesse fazer gestão da responsabilidade social da empresa, ou acompanhar as emissões de carbono na minha cadeira de fornecimento, basta ativar uma aplicação e iniciá-la. É uma ideia nova para gerir um negócio e os processos de negócio”.
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