Dinheiro ‘fácil’ na Dinamarca tem dado resultado
A política monetária de quantitative easing tem se demonstrado um sucesso, assegura o líder da associação de bancos dinamarquesa. Na Dinamarca as taxas de juro são negativas desde 2012.
Os bancos sofrem menos prejuízos quando as taxas de juro estão extremamente baixas. A conclusão é do chefe da associação bancária na Dinamarca, país onde os juros têm sido negativos durante mais tempo do que qualquer outro país.
Desde a segunda metade de 2012 que as taxas têm sido negativas e a maior parte dos economistas prevê que não ultrapassem a barreira para valores positivos até 2018. Para Ulrik Noedgaard, que já liderou a instituição que regula o mercado financeiro dinamarquês, a política monetária de dinheiro ‘fácil’ não é tão má para quem empresta – os bancos – do que se imaginava.
É confortável verificar que, mesmo num ambiente de taxas de juro negativas, os ganhos estão num nível razoável
O argumento de Noedgaard é que as taxas de juro “ultra-baixas” estão a permitir uma renegociação das dívidas no setor imobiliário. Em vez de se tornarem créditos malparados, os bancos têm conseguido obter receitas com estes empréstimos. Além disso, a redução de custos operacionais dos bancos por causa do avanço tecnológico tem ajudado a melhorar os resultados financeiros.
Ao contrário do que se poderia esperar, os depósitos nos bancos na Dinamarca aumentaram e chegaram a um pico em agosto. Estes são os dados oficiais do banco central dinamarquês, retirando os efeitos sazonais e fazendo um ajuste por causa da inflação, explica a Bloomberg.
O banco central dinamarquês tem usado a política monetária na sua moeda, a coroa dinamarquesa, para acompanhar a desvalorização do euro feita pelo BCE. A economia dinamarquesa conta, neste momento, com um rating de “AAA”, o melhor possível nas escalas do risco de crédito das agências internacionais.
Editado por Paulo Moutinho
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