Inflação: BCE pronto a agir, se necessário

O Banco Central Europeu (BCE) já o disse, mas volta a dizer: está pronto para agir, se necessário. A autoridade monetária da Zona Euro reitera que pode avançar com mais medidas de estímulo à economia para puxar pela inflação.

O BCE decidiu “manter os juros inalterados”, esperando que se mantenham nos níveis atuais “ou ainda mais baixos nos próximos meses”, dando assim uma orientação ao mercado para o futuro. E “continua alerta e pronto para agir, se necessário, para a estabilização dos preços”.

A entidade liderada por Mario Draghi diz que vai “preservar o apoio monetário, que está incorporado nas projeções macroeconómicas dos especialistas do BCE, e que é necessário para garantir o retorno de Inflação para um nível abaixo mas próximo, dos 2%, a médio prazo”, refere o Boletim Económico do BCE.

A taxa de inflação vai, provavelmente, manter-se baixa nos próximos meses, antes de começar a aumentar no final do ano, em parte devido ao efeito de comparação homóloga que refletem a subida nos preços da energia”, como é o caso do petróleo. E o PIB também deverá aumentar, mas de forma ligeira.

“O PIB real da Zona Euro aumentou 0,3% no segundo trimestre de 2016, depois de já ter aumentado 0,5% no primeiro trimestre”. Este crescimento, segundo o Boletim Económico do BCE, justifica-se com as exportações líquidas, bem como a “contribuição positiva da procura doméstica”. As previsões do Conselho Governativo apontam para um aumento de 1,7% do PIB anual para 2016, e um aumento de 1,6% para 2017 e também para 2018.

Editado por Paulo Moutinho