Finerge estreia-se na energia solar em Portugal, já investiu 1,5 mil milhões no mercado ibérico
Os parques fotovoltaicos adquiridos em Portugal pela empresa comandada pelo CEO Pedro Norton têm uma produção anual de 29,8 MW, gerando uma faturação de 13 milhões de euros.
Depois de ter ultrapassado a marca de 1GW de capacidade instalada na energia eólica e de ter apostado na energia solar em Espanha, em 2019, a Finerge anunciou agora a sua entrada no solar também em Portugal, com a compra de quatro centrais fotovoltaicas. Aquela que é já a segunda maior produtora de energia renovável no país chegou então a acordo com a Glenmont Partners para a aquisição de quatro parques solares, localizados em Santarém, Setúbal e Loulé.
Depois do investimento em Espanha, onde adquiriu já seis centrais fotovoltaicas, a Finerge pretende assim reforçar a sua posição no solar. O investimento marca a entrada neste negócio, em Portugal. Os parques fotovoltaicos adquiridos pela empresa comandada pelo CEO Pedro Norton têm uma produção anual de 29,8 MW, gerando uma faturação de 13 milhões de euros.
A empresa faturará, em 2020, mais de 220 milhões de euros, com um investimento de mais de 1,5 mil milhões de euros, em Portugal e Espanha.
“Sempre foi a nossa estratégia diversificar o portfólio em Portugal. Esta transação já vinha sendo preparada há algum tempo e, apesar da difícil situação que o país e o mundo atravessam, entendemos manter a aposta. Nesse sentido esta é também uma mensagem de confiança”, disse Pedro Norton em comunicado, a propósito do investimento agora anunciado. O CEO da Finerge reforça que “o objetivo é continuar a fazer investimentos que aportem valor à empresa e aos seus acionistas”.
Com esta aquisição, a Finerge também expande a sua atuação geográfica em Portugal, para o Centro e Algarve, uma vez que a sua presença estava sobretudo no Norte e no interior do País. Atualmente, a Finerge “é um player importante para a economia de 39 concelhos”, diz a empresa, que tem um total de 45 parques eólicos (com 551 aerogeradores) e quatro parques solares, em Portugal, e seis centrais solares fotovoltaicos em Espanha.
A Finerge tem neste momento uma capacidade instalada de 1079 MW, produzindo cerca de 2500 GWh por ano e evitando a emissão de 1000 kton de CO2.
Quanto à Glennmont Partners, trata-se de um dos maiores gestores de fundos dedicados unicamente a investimentos em energias renováveis. A venda acordada à Finerge de quatro parques solares fotovoltaicos em Portugal, localizados nos distritos de Santarém e Setúbal e no concelho de Loulé, contou com a asessoria financeira exclusiva do Santander Corporate & Investment Banking.
“Este portfólio é um dos mais relevantes em operação em Portugal, com uma capacidade instalada de 30 MWp. O [parque fotovoltaico] de Santarém localiza-se em Coruche (9,6 MWp), o de Setúbal no Seixal (8.9 MWp) e em Loulé estão instalados o Sol Cativante V (6.7 MWp) e Sol Cativante VII (4.6 MWp). Iniciaram operações entre 2013 e 2014, tendo uma produção anual combinada de 50 GWh”, acrecentou o Santander, sublinhando que se tratou “da maior transação de ativos solares em Portugal realizada até à data“.
Nos últimos anos, o Santander pestou também assessoria em operações na área de energia eólica, tais como: à EDP Renováveis-Enel Green Power Generg no asset split da ENEOP (1335MW); à First State Investments nas aquisições da Finerge, Âncora Wind e dos parques eólicos da Brookfield em Portugal (940MW); e à EDP na OPA sobre a EDP Renováveis (10.400MW).
Com esta venda, a Glennmont Partners realiza o primeiro desinvestimento no seu fundo de 2013 (Clean Energy Fund II – 500 milhões de euros). A gestora de fundos de investimento focada exclusivamente no setor de energias renováveis, gere ativos de mais de 2 mil milhões de euros e opera um portfólio de ativos renováveis de mais de 1000 MW. Foi fundada em 2007 no Reino Unido e investe em diversos projetos relativos a infraestruturas de energias renováveis, incluindo parques eólicos, centrais elétricas de biomassa, parques solares e pequenas centrais hidroelétricas. Atua em vários mercados europeus, incluindo os do Reino Unido, Irlanda, França, Itália e Portugal.
(Notícia atualizada)
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