5 coisas que tem de saber antes de abrirem os mercados
Lá fora, o Monte dei Paschi continua à procura de uma solução. O petróleo está a disparar, o que deverá agitar os mercados num período de fraca liquidez. Em Lisboa, vale a pena olhar para o Sporting,
A escala dos preços do petróleo continuará a centrar atenções, a par dos desenvolvimentos em torno do Monte dei Paschi que aguarda por uma solução que está a ser posta em causa pelo Banco Central Europeu. Há ainda que ter em conta os vários indicadores revelados em Itália, no Japão e nos EUA. Em Portugal, num dia sem grandes acontecimentos no mundo dos mercados, será interessante acompanhar as ações das SAD do Sporting após o surgimento de uma alternativa a Bruno de Carvalho.
Petróleo acelera com cortes da OPEP
O petróleo continua a valorizar. Está a registar o maior ciclo de ganhos em quatro meses com os investidores a anteciparem a redução anunciada pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP). O corte na produção, com vista a um reequilíbrio do mercado, levou o barril à sétima sessão consecutiva de ganhos, colocando a cotação da matéria-prima em máximos de 17 meses. Uma tendência que deverá manter-se, antecipam os analistas. Será importante acompanhar a evolução dos preços para antecipar o impacto positivo nas cotações das petrolíferas que poderão animar os índices mundiais neste final de ano.
Paschi luta contra o tempo
O Monte dei Paschi continua suspenso de negociação. E assim deverá manter-se até que sejam conhecidos detalhes relativos ao resgate por parte do governo italiano, embora haja dúvidas sobre se a utilização do fundo de 20 mil milhões de euros poderá ou não ser utilizado. Jens Weidmann, governador do Bundesbank, diz que é preciso “cautela” com o resgate, salientando que o dinheiro só deve ser gasto se se garantir que o banco tem viabilidade. Em vez de cinco mil milhões de euros, o BCE diz que afinal o banco mais antigo do mundo precisa de 8,8 mil milhões. É grande a tensão em torno de toda a banca italiana.
Sporting. Luta pela liderança. E a bolsa?
As SAD cotadas na bolsa nacional costumam reagir aos resultados do fim de semana, no relvado. Mas e quando em causa está a liderança da SAD? É isso que poderemos ver — caso haja liquidez em títulos já de si pouco ativos — esta quarta-feira, isto depois de Pedro Madeira Rodrigues ter apresentado a sua candidatura à presidência do Sporting com o objetivo de debater o clube e constituir uma “alternativa” à liderança de Bruno de Carvalho. Vai haver uma luta pela liderança na qual Bruno de Carvalho diz querer participar com “elevação”.
Indicadores… do Japão aos EUA
A última semana do ano costuma ser parca em indicadores macroeconómicos, mas esta quarta-feira há vários dados que devem ser seguidos… nas diferentes geografias. Na Europa, Itália vai revelar o índice de confiança dos consumidores italianos relativo ao mês de novembro e a confiança dos empresários em dezembro. Antes, no Japão, é conhecido o investimento estrangeiro nos mercados de capitais do país, mas o foco estará na venda de casas usadas do outro lado do Atlântico, nos EUA. Os analistas consultados pela Bloomberg preveem um aumento das vendas na ordem dos 0,5%.
Dívida mexe, mas só nos EUA
Praticamente sem investidores no mercado devido à quadra natalícia, são raros os países que recorrem ao mercado para obterem financiamento. Os EUA são uma das exceções. O país ainda sob o comando de Barack Obama vai realizar uma das últimas operações de 2016, procurando obter 34 mil milhões de dólares em obrigações com maturidade a cinco anos. Atualmente, os juros neste prazo estão em 2,06% após uma forte subida no seguimento do aumento da taxa diretora por parte da Fed.
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