Xerox desiste de comprar HP
Xerox anunciou que retirou, em definitivo, a Oferta Pública de Aquisição, no montante de mais de 27,3 mil milhões de euros para adquirir a HP.
A empresa norte-americana de equipamento de escritório Xerox decidiu esta quarta-feira retirar a oferta de aquisição hostil lançada sobre a HP, por prudência financeira devido à pandemia do Covid-19 e aos seus efeitos nos mercados económicos.
Segundo a agência Efe, a Xerox anunciou que retirou, em definitivo, a Oferta Pública de Aquisição (OPA), no montante de mais de 30 biliões de dólares (27,3 mil milhões de euros) para adquirir a HP, porque o novo coronavírus prejudicou a capacidade do fabricante de fotocopiadoras de realizar uma fusão que acabaria por criar uma dívida enorme.
Esta decisão põe fim a uma das maiores fusões em curso e evidencia o golpe que a pandemia da covid-19 tem neste tipo de operações.
A Xerox tinha anunciado em 13 de março que suspendia a operação temporariamente devido à pandemia da covid-19, tendo agora informado que suspendeu definitivamente o plano de aquisição da multinacional norte-americana HP.
A oferta de aquisição hostil lançada pela Xerox teve início em novembro do ano passado, depois de se saber que as duas empresas tinham previamente estudado uma fusão, que fracassou.
A HP rejeitou, repetidamente, várias propostas da sua rival nos últimos cinco meses, incluindo a mais recente oferta da Xerox de 24 dólares por ação e uma parte em dinheiro, que foi considerada insuficiente e muito arriscada devido ao valor da dívida envolvida.
A Xerox, cuja dívida de longo prazo ronda os três biliões de dólares (2,730 mil milhões de euros), planeava contrair um empréstimo até 24 biliões de dólares (21,86 mil milhões de euros) para esta aquisição, com compromisso de o empréstimo ter, em parte, como garantia, a dívida a longo prazo da HP.
Esta ascende a cerca de quatro biliões de dólares, ou seja, 3,645 mil milhões de euros.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia do Covid-19, já infetou mais de 828 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 41 mil.
Dos casos de infeção, pelo menos 165 mil são considerados curados.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
O continente europeu, com mais de 458 mil infetados e mais de 300 mil mortos, é aquele onde se regista atualmente o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, com 12.428 mortos em 105.792 mil casos confirmados até terça-feira.
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