Atividade industrial da Zona Euro afunda em março. É a mais baixa desde meados de 2012

Quebras nas cadeias globais de fornecimento causadas por medidas de contenção à propagação da pandemia de coronavírus, levou a atividade das fábricas da área do euro para mínimos de mais de sete anos.

A atividade industrial caiu a pique na Zona Euro em março, mês em que a pandemia do coronavírus atingiu duramente os países da região. As quebras nas cadeias globais de fornecimento causadas por medidas de contenção à propagação da pandemia de coronavírus, levou a atividade das fábricas da área do euro para mínimos de mais de sete anos.

O índice que mede o poder de compra dos gestores da Zona Euro, o PMI cuja leitura de março foi divulgada esta quarta-feira pela IHS Markit, caiu para 44,5 em março (de 49,2 em fevereiro).

A leitura foi a mais baixa desde meados de 2012, quando a crise da dívida na Zona Euro estava em franca expansão e bem abaixo da marca de 50. Um valor abaixo de 50 pontos indica uma contração na atividade, enquanto um valor acima dessa linha indica expansão.

“Mesmo a queda no PMI para um mínimo de sete anos e meio mascara a severidade da queda na indústria, pois inclui uma série de atrasos na cadeia de fornecimentos, o que aumentou o índice”, disse Chris Williamson, economista-chefe de negócios na IHS Markit, citado pela Reuters, dando a entender que os números da atividade industrial europeia poderiam ser ainda piores.

“Atrasos na oferta são normalmente vistos como um sinal de procura crescente, mas os atuais atrasos quase recorde são uma indicação de que as cadeias de fornecimento globais estão a ser dizimadas pelos encerramentos de fábricas em todo o mundo“, referiu.

Todos os subíndices do PMI estavam abaixo de 50, bem como o índice de produção futuro, que mede o otimismo. Chris Williamson antecipa um esmagamento da procura de uma série de produtos, com apenas algumas exceções. “As exceções serão a produção de alimentos e de produtos farmacêuticos”, acrescentou.

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