Empresas já colocaram 76 mil trabalhadores em lay-off, revela António Costa
As 3.600 empresas que já pediram acesso ao lay-off simplificado colocaram neste regime cerca de 76 mil trabalhadores. Renovação do estado de emergência trará "medidas mais claras" para os portugueses.
O Governo já recebeu pedidos de 3.600 empresas para acederem ao regime de lay-off simplificado, abrangendo um total de cerca de 76 mil trabalhadores, revelou o primeiro-ministro, no Programa da Cristina, da SIC. São portugueses que vão para casa, devendo cumprir as regras de recolhimento para evitar a propagação do coronavírus. António Costa diz que a renovação do estado de emergência trará “medidas mais claras” sobre esse dever.
“Estamos a apoiar diretamente salários e a fundo perdido”, disse Costa, lembrando que neste regime o trabalhador recebe dois terços do vencimento, sendo 30% pago pela entidade patronal e 70% pela Segurança Social.
“As medidas de lay-off são um sacrifício brutal no vencimento das pessoas, porque reduz o salário a dois terços”, disse António Costa, revelando que “esta terça-feira já havia cerca de 76 mil trabalhadores abrangidos”.
O primeiro-ministro referiu que Portugal vai sair desta crise “mais frágil do ponto de vista económico” e que os portugueses terão de fazer “um esforço enorme para relançar a economia” e para que o país chegue “na maior saúde financeira possível ao fim deste túnel”.
Páscoa vai trazer “medidas mais claras”
Sublinhando a importância de adotar cuidados especiais na Páscoa, António Costa apelou aos portugueses para não se deslocarem para as casas de férias, nem para visitarem familiares. “Vamos ter de ver a Páscoa de forma radicalmente diferente”.
O primeiro-ministro disse ainda que “abril será o mês mais difícil” para os portugueses e que não é possível saber se o país vai continuar nesta situação por um, dois ou três meses. “Temos de criar uma cápsula de proteção para atravessarmos este período e retomarmos a normalidade”, notou, referindo que “o sonho” era “abrir as portas” no final de abril, mas ninguém sabe se isso será possível.
Costa referiu que, com a renovação do estado de emergência, que deverá ser anunciada esta quinta-feira pelo Presidente da República, terá de se “apertar um bocadinho” as regras de recolhimento dos cidadão, salientando que as “medidas serão mais claras para que as pessoas percebam que não podem andar por aí”.
(Notícia atualizada às 13h52 com mais informação)
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