DGS quer saber que atividade física fazem os portugueses em isolamento
Inquérito vai ser feito de forma mista, telefone e internet, irá revelar “se de facto houve alterações, que tipo de atividade física estão a fazer e como é que está a ser o seu tempo sedentário”.
A Direção-Geral de Saúde (DGS) lança esta semana um inquérito nacional à população para se poder caracterizar o comportamento de atividade física e o alimentar, revelou esta segunda-feira, Dia Mundial da atividade Física, a responsável à Lusa.
“Esta semana vai marcar também o arranque de um inquérito nacional à população para se poder caracterizar o comportamento de atividade física e o alimentar. É uma iniciativa conjunta dos programas de alimentação e de atividade física, para caracterizar os níveis de atividade física da população em isolamento e o seu comportamento alimentar”, adiantou Marlene Silva.
A diretora do programa nacional para a promoção da atividade física da DGS falava à Lusa a propósito do Dia Mundial da Atividade Física que se comemora esta segunda-feira, 6 de abril, dia em que esta entidade também lança um diretório sobre a temática.
No entender desta responsável, a atividade física está “na ordem do dia e na agenda das pessoas”, apesar de assumir, “com toda a certeza, que não está na agenda de todas” e, por isso, a relevância deste inquérito.
“Queremos perceber esta realidade e como é que isto está a ser vivido pelos portugueses. Vai ser uma amostra estratificada por género, por idade e por região e nós aí vamos poder ir além do ‘achismo’ ou da interpretação e perceber realmente que impacto esta situação única, excecional, está a ter nestes dois comportamentos de saúde, tão centrais à nossa população”, especificou.
Marlene Silva explicou que o inquérito vai ser feito de forma mista, telefone e internet, irá revelar “se de facto houve alterações, que tipo de atividade física estão a fazer e como é que está a ser o seu tempo sedentário”, para depois se poder fazer uma caracterização da população.
“Vamos caracterizar quem é mais ativo, menos ativo, em termos de idade, no estatuto socioeconómico, se tem crianças a cargo ou não, todas as variáveis que é preciso cruzar”, considerou.
Neste sentido, defendeu que “é importante caracterizar e este inquérito vai, exatamente, permitir perceber esta realidade” agora vivida no país, para futuramente a DGS, através dos dois programas de promoção, para a atividade física e para a alimentação saudável, poder “intervir e aprender” com a atual época.
“Esta realidade é completamente nova e nós só podemos intervir nela se tivermos bons dados acerca daquilo que está a acontecer e por isso apelava à participação neste tipo de inquéritos”, desafia Marlene Silva.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia de Covid-19, já infetou mais de 1,2 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 65 mil. Dos casos de infeção, mais de 233 mil são considerados curados.
Em Portugal, segundo o balanço feito domingo pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 295 mortes, mais 29 do que na véspera (+11%), e 11.278 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 754 em relação a sexta-feira (+7,2%).
Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até ao final do dia 17 de abril, depois do prolongamento aprovado na quinta-feira na Assembleia da República.
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