Metro de Lisboa controla temperatura à entrada das instalações
A medição de temperatura é "obrigatória a todos os prestadores de serviços e voluntária para trabalhadores", diz a empresa.
O Metropolitano de Lisboa vai controlar, a partir desta segunda-feira, a temperatura dos prestadores de serviços, inclusive fornecedores, empreiteiros e visitantes, à entrada das instalações, medida que pode ser alargada aos trabalhadores, no âmbito do combate ao Covid-19.
A medição de temperatura é “obrigatória a todos os prestadores de serviços e voluntária para trabalhadores”, avançou a empresa de transporte público, num comunicado enviado à agência Lusa.
No âmbito do plano de contingência do Metropolitano de Lisboa para combate ao novo coronavírus, o controlo da temperatura visa a “proteção dos seus colaboradores e clientes, encontrando-se as mesmas alinhadas com as melhores práticas nacionais e internacionais, no sentido de reforçar a saúde pública e de evitar a propagação do Covid-19″.
Segundo a empresa, a medição de temperatura a todos os prestadores de serviços é realizada nos vários edifícios administrativos, nomeadamente nos parques de material e oficinas, nos postos de tração, nas centrais de movimento e nas zonas de acesso privado existentes nas estações, em locais reservados para o efeito.
“A medição é efetuada de forma segura pelos vigilantes das referidas instalações, através de termómetros digitais de infravermelhos, sem contacto. Os vigilantes utilizarão máscara e farão a higienização das mãos antes e após cada medição de temperatura”, avançou o Metropolitano, ressalvando que a medida é obrigatória para todos os prestadores de serviços.
No sentido de salvaguardar os princípios de proteção de dados pessoais, a empresa não vai realizar quaisquer registos das medições de temperatura efetuadas, indicando que, em caso de temperatura superior a 37,5 graus, serão adotadas, “de imediato”, as recomendações da Direção-Geral da Saúde.
De acordo com o Metropolitano de Lisboa, “os intervenientes envolvidos neste procedimento estão obrigados ao dever de confidencialidade, sendo o mesmo efetuado temporariamente, apenas durante o atual cenário de pandemia”.
A empresa vai continuar a acompanhar ativamente a evolução da situação de pandemia do Covid-19, adiantando que serão implementadas “as medidas que, a cada momento, se vierem a considerar necessárias para garantir as melhores condições de saúde e de segurança aos seus colaboradores e clientes”.
Na semana passada, o Metropolitano de Lisboa revelou que houve “uma redução de 48,4% de validações”, devido à pandemia do Covid-19, assegurando que, apesar da quebra do movimento de clientes, se mantêm as equipas de segurança, sem registo de incidentes anormais.
“De dia 02 de março a 17 de março, verificou-se uma redução de 48,4% de validações”, avançou à Lusa a empresa de transporte público, indicando que a redução de passageiros no Metropolitano de Lisboa se verificou, essencialmente, a partir de 16 de março, data em que as escolas encerraram e em que se registou “uma maior quebra do movimento de clientes, com uma redução de 68,8% de validações”.
A empresa fez “alguns ajustamentos adicionais” no nível de oferta e no funcionamento de alguns serviços, desde 23 de março, passando a funcionar, em todas as linhas, em horário de fim de semana, assim como procedendo à abertura dos canais de validação em toda a rede.
Apesar de ser possível qualquer pessoa entrar no Metro sem validar o bilhete, “até ao momento não existem registos de incidentes anormais”.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia do Covid-19, já infetou mais de 1,2 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 68 mil.
Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde elevou para 11.730 o número de casos confirmados de Covid-19 no país. O vírus já provocou a morte a 311 pessoas em Portugal.
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