Albuquerque: “Foi preciso plano B e C para cumprir o défice”
Maria Luis Albuquerque disse esta quarta-feira que à semelhança do que o PSD previa, foi necessário um plano B e C para que António Costa cumprisse o défice.
Maria Luís Albuquerque afirma que o Partido Social Democrata (PSD) tinha razão quanto à necessidade de “ter um plano B ou C para conseguir cumprir as metas do défice”. Esse plano B e C são o PERES e o regime de reavaliação dos ativos por parte das empresas.
“Quando vemos que apenas uma das medidas extraordinárias foi acordada com Bruxelas, a reavaliação de ativos, que geraria uma receita de 125 milhões de euros. E este plano de regularização de dívidas (o PERES) que previa um encaixe de 100 milhões de euros…“, declarou Albuquerque. O PERES garante um encaixe de 551 milhões só este ano.
“Sem estas duas medidas extraordinárias, o défice não se reduziria. São um plano B e um plano C”, acrescentou. Sem esses planos, explicou a antiga responsável pela pasta das Finanças do Governo de Passos Coelho, “o Orçamento do Estado, conforme foi apresentado, não permitira alcançar as metas pretendidas”.
“Quando apresentámos medidas extraordinárias, sempre o fizemos de forma transparente, apresentando orçamentos retificativos na Assembleia que a oposição sempre criticou. O que este Governo faz, o que maioria faz porque também é conivente com esta situação, é optar pela falta de transparência, afirmando que não recorre a nada para alcançar resultados extraordinários”, prosseguiu a atual deputada do PSD.
O défice orçamental no terceiro trimestre de 2016 ficou em 1,7% do PIB. No conjunto dos três trimestres de 2016, o défice ficou em 2,5%, precisamente a meta definida pela Comissão Europeia, para o total do ano. “Podemos dizer com tranquilidade que o défice fica abaixo dos 2,5%” este ano, disse, recentemente, António Costa.
(Notícia atualizada às 12h52)
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