Trump rejeita convite da OPEP+ para debater estratégia petrolífera
Com sede em Viena, a OPEP convidou, além dos seus parceiros habituais da OPEP+ como a Rússia, outros 10 Estados com os quais não coopera, mas que estão preocupados com o colapso dos preços.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e os aliados liderados pela Rússia convidaram 10 outros Estados, incluindo os Estados Unidos, para a reunião “urgente” da próxima quinta-feira para tentar estabilizar o mercado do petróleo, indicou hoje a agência russa TASS.
Esta reunião urgente por videoconferência deverá debater uma redução massiva da produção de petróleo, de cerca de 10 milhões de barris por dia, um volume apontado pelo Presidente da Rússia, Vladimir Putin, na sexta-feira.
Com sede em Viena, a OPEP convidou, além dos seus parceiros habituais da OPEP+ como a Rússia, outros 10 Estados com os quais não coopera, mas que estão preocupados com o colapso dos preços.
Estes 10 países são os Estados Unidos, o Canadá o Reino Unido, a Noruega, o Brasil, a Argentina, a Colômbia, o Egito, a Indonésia bem como Trinidad e Tobago.
Segundo a agência TASS, citando um documento do secretariado da OPEP, apenas os Estados unidos, o Canadá e o Reino Unido ainda não aceitaram o convite. Contactado pela Afp, o cartel do petróleo não se exprimiu sobre estes convites.
O objetivo da reunião é um corte da produção de 10 milhões de barris por dia, um volume elevado destinado a inverter a tendência das cotações do petróleo, a cair há semanas devido à crise da covid-19 e a uma guerra de preços do ouro negro entre Moscovo e Riade.
A sombra dos Estados Unidos paira nesta vídeo conferência, depois de Donald Trump ter sido o primeiro a referir na quinta-feira o corte de 10 milhões de barris por dia num tweet, que provocou uma subida dos preços do petróleo.
Pouco depois, Moscovo e Riade deram sinais de uma retomada do diálogo, com Putin a apelar para se “unirem esforços para equilibrar o mercado e reduzir a produção”.
Além da Arábia Saudita, principal produtor do cartel, a OPEP inclui a Venezuela, Guiné Equatorial, Irão, Iraque, Argélia, Angola, Congo, Gabão, Kuwait, Líbia, Emiratos Árabes Unidos e Nigéria, países muito dependentes das receitas geradas pelas vendas do ouro negro.
Os aliados habituais da OPEP, que com o cartel formam a OPEP+, liderados pela Rússia, segundo maior produtor do mundo, incluem o Azerbaijão, o México, o Bahréin, o Brunei, Cazaquistão, Malásia, Omã, Sudão e Sudão do Sul.
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