Arábia Saudita convoca países produtores de petróleo para reunião urgente

  • Lusa
  • 2 Abril 2020

Reino convocou membros da OPEP para uma reunião urgente com outro grupo de países, a fim de tentar um acordo justo para recuperar o equilíbrio desejado nos mercados de petróleo.

A Arábia Saudita convidou os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) para uma reunião urgente, perante a crise da pandemia de Covid-19 e a queda do preço do petróleo.

O príncipe herdeiro saudita, Mohamed bin Salman, disse que o apelo foi feito a pedido do Presidente dos EUA, Donald Trump, com quem esteve a falar telefonicamente, segundo a agência noticiosa oficial saudita, SPA.

Trump disse que estaria em curso um possível acordo entre a Arábia Saudita e a Rússia, para resolver a guerra de preços do petróleo entre os dois países, que, juntamente com a quebra de consumo, está a provocar fortes distúrbios no mercado.

“Acabei de falar com o meu amigo (bin Salman) da Arábia Saudita, que falou com o Presidente russo”, escreveu Trump na sua página pessoal da rede social Twitter.

Após o anúncio de negociações entre a Arábia Saudita e a Rússia, por Donald Trump, os preços do petróleo subiram quase 30%, depois de várias semanas de quebras substanciais no valor dos barris.

Contudo, o Presidente russo, Vladimir Putin, já veio negar qualquer conversa com Mohamed bin Salman, desmentindo a versão de Donald Trump.

“Não, essa conversa não existiu”, disse Dmitri Peskov, porta-voz da Presidência russa, explicando que não existe sequer qualquer negociação agendada.

Mohamed bin Salman quer agora que a solução para o problema dos preços petrolíferos, perante a crise pandémica, seja resolvido dentro da OPEP.

“O Reino convida (os membros da OPEP) para uma reunião urgente com outro grupo de países, a fim de tentar chegar a um acordo justo para recuperar o equilíbrio desejado nos mercados de petróleo”, disse a agência SPA.

Donald Trump, que incentivou a reunião, escreveu no Twitter que espera que os países produtores de petróleo “reduzam em cerca de 10 milhões de barris e talvez muito mais” a produção petrolífera.

O Presidente norte-americano tem tentado, nos últimos dias, aliviar as tensões entre Riad e Moscovo, que têm feito descer substancialmente o preço do barril de petróleo.

A Rússia – o segundo maior produtor de petróleo do mundo, mas que não pertence à OPEP – recusou-se a diminuir a produção petrolífera para compensar uma quebra na procura, provocada pela pandemia do novo coronavírus.

Perante essa recusa, Riad fez reduções acentuadas nos preços e registou um aumento na produção diária de barris de petróleo, provocando forte agitação nos mercados financeiros.

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