“Há empresas que deixaram de ser viáveis e o crédito não vai ajudar”, diz economista

  • ECO
  • 14 Abril 2020

O economista português nota que Portugal tem "pouca capacidade orçamental" e que, por isso, "é preciso ser cuidadoso" na forma de ultrapassar a atual crise.

O economista Sérgio Rebelo acredita que, de uma forma geral, os governos “estão a fazer aquilo que é preciso para adequar o curso da epidemia à capacidade hospitalar”, mas do ponto de vista económico há ainda muito para fazer. Em entrevista ao Público (acesso pago), o professor da Kellogg School of Management alerta que há empresas que já não viáveis e às quais o crédito não vai ajudar.

Se for encontrado um tratamento ou vacina a curto prazo, Sério Rebelo acredita que “a economia vai recuperar rapidamente”, contudo, alerta que as pessoas devem “preparar-se para a possibilidade de isso não acontecer”. E, nesse sentido, afirma que, embora os governos se tenham preparado em termos de capacidade hospitalar, “é preciso tomar medidas que aliviem o sofrimento das famílias mais desprotegidas, que preservem as empresas viáveis e que mantenham os empregos para que a economia possa recuperar rapidamente quando a epidemia passar”.

Sobre a capacidade que Portugal tem para sobreviver a esta crise, o economista nota que Portugal é um país com “pouca capacidade orçamental” e que, por isso, “é preciso ser cuidadoso”. Afirmando que, se a economia piorar, “vai ser preciso tomar mais medidas mesmo que isso signifique um endividamento maior” e que o “acesso ao crédito é muito importante“, Sério Rebelo alerta, contudo, que “há, infelizmente, empresas que deixaram de ser viáveis e a essas o crédito não vai ajudar”.

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