França restringe atividade da Amazon a produtos essenciais
A entrega de produtos não essenciais só poderá ocorrer após uma avaliação dos riscos e de medidas necessárias para proteger a saúde dos trabalhadores.
A justiça francesa ordenou esta terça-feira à Amazon France para restringir a atividade aos produtos essenciais, tendo em conta o resultado de uma avaliação sobre os riscos inerentes à pandemia da Covid-19 nos centros de distribuição.
A decisão foi tomada pelo tribunal judicial de Nanterre, que justificou a medida por a empresa ter “de forma evidente, ignorado a sua obrigação de segurança e prevenção da saúde dos seus trabalhadores”. A restrição tem a validade de um mês e entra quarta-feira em vigor.
Para o tribunal, a Amazon France deve restringir-se “apenas às cadeias de produtos alimentares, de higiene e de medicamentos”, devendo pagar uma multa de um milhão de euros por cada dia de atraso na aplicação da decisão e de infrações constatadas.
A entrega de produtos não essenciais só poderá ocorrer após uma avaliação dos riscos e de medidas necessárias para proteger a saúde dos trabalhadores. A Amazon France deverá obrigatoriamente associar representantes dos trabalhadores na avaliação dos riscos.
A ação judicial foi interposta pela União Sindical Solidária (SUD), o principal sindicato da empresa, que viu, porém, o tribunal negar-lhe o pedido feito com vista à suspensão laboral nos centros de distribuição, onde trabalha uma média de uma centena de funcionários num armazém à porta fechada.
Depois da Itália e da Espanha, a França é o terceiro país da Europa com mais casos de infeção com o novo coronavírus, tendo, segundo os dados oficiais mais recentes, registado 14.967 óbitos entre os mais de 137.000 infetados. O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já provocou mais de 120 mil mortos e infetou mais de 1,9 milhões de pessoas em 193 países e territórios.
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