Von der Leyen exclui cortes na coesão. “É bom investir nas empresas saudáveis em Portugal”
Em entrevista à SIC, a presidente da Comissão Europeia explicou que Bruxelas poderá emitir dívida nos mercados para financiar investimento na recuperação pós-crise Covid-19.
A crise da Covid-19 vai levar a Comissão Europeia a propor que o quadro plurianual financeiro 2021-2027 não inclua cortes nos fundos de coesão, segundo explicou a presidente Ursula von der Leyen, em entrevista à SIC e ao Expresso (acesso pago). Considera que é do interesse de todos os Estados membros que haja investimento nas empresas portuguesas.
“Decerto não haverá cortes na coesão. Isto é absolutamente claro. Porque também é lógico, vamos ter um orçamento europeu muito maior“, diz Ursula von der Leyen. A presidente da Comissão Europeia explicou que será assim alterada a proposta anterior, que apontava para um corte geral de 10% na política de coesão devido à saída do Reino Unido. Para Portugal, a quebra seria de 7% e o Governo português estava contra.
Agora, von der Leyen diz que Bruxelas poderá ir aos mercados financiar-se para permitir o investimento nos próximos um ou dois anos. “Mais coesão para Portugal é importante”, afirmou. “Temos empresas saudáveis em Portugal e é bom investir nestas empresas saudáveis que são importantes para o Mercado Único e para as cadeias de valor. E, como digo, não é apenas do interesse de Portugal, mas de todos os Estados-membros”, acrescentou.
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