Ramalho: “8% a 9%” da carteira de crédito às famílias já aderiu à moratória

António Ramalho revela que já foram atribuídas mais de de 20 mil moratórias nos créditos à habitação e consumo. CEO do Novo Banco não vê ainda aumento do crédito vencido, mas malparado vai crescer.

Há muitas famílias a recorrerem às moratórias. O Novo Banco revela que já foram concedidas mais de 20 mil destes mecanismos para ajudar os portugueses, correspondendo a “8% a 9%” do total de crédito à habitação e ao consumo. Também há pedidos de empresas, sendo que até ao momento, diz António Ramalho, há “crescimento zero” no que toca ao crédito vencido.

Em entrevista à Rádio Observador, o CEO do Novo Banco avançou que foram concedidas moratórias a “2.010 médias empresas, e 3.261 a pequenos negócios”. No que toca às famílias, Ramalho diz que foram concedidas moratórias do Estado a 13.977 particulares, a que se juntam mais de 8.000 com base na proposta apresentada pelo banco. Há ainda 1.490 moratórias no consumo.

As moratórias no caso dos particulares representam “8% a 9% da carteira” de crédito, diz o CEO, salientando que “37% das moratórias legais [as definidas pelo Governo], foram pedidas apenas para capital. As pessoas pagam os juros, evitando a capitalização”.

Questionado sobre se o malparado já está a aumentar, Ramalho diz que não. “Estamos exatamente com o mesmo volume de crédito vencido que tínhamos a 2 de março. Há crescimento zero”. No entanto, “obviamente os níveis de crédito vencido vão crescer”, impactando no desempenho do Novo Banco, mas também dos restantes bancos do setor.

“Se alguém está a estimar que os bancos vão ter lucros este ano, é alguém muito otimista”, acrescenta, defendendo, contudo, que o valor do mecanismo de capital contingente criado aquando da venda do banco à Lone Star, será suficiente. O “Novo Banco tem todas as condições para garantir a sua viabilidade neste contexto desafiante do Covid-19. Temos todas as condições para gerir isto dentro dos acordos celebrados”, rematou.

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