Rio critica aumentos na Função Pública em plena pandemia. “Não podiam acontecer”, diz líder do PSD
Presidente do PSD diz que os aumentos dos salários dos funcionários públicos "não podiam acontecer" quando trabalhadores no privado são afetados por quebras nos seus rendimentos por causa da pandemia.
A Função Pública começa a receber esta segunda-feira os salários de abril com aumentos. O presidente do PSD considera que, numa altura em que muitos trabalhadores no privado são afetados por uma quebra de rendimentos por causa da pandemia, “estes aumentos não podiam acontecer”.
“Bem sei que 0,3% é pouco”, começa por diz Rui Rio num post publicado na sua conta pessoal no Twitter. “Mas quando há trabalhadores em lay-off a receber só 2/3 do salário, outros atirados para o desemprego e as finanças públicas brutalmente pressionadas pelos gastos que estamos a ter de fazer, estes aumentos não podiam acontecer“, considera o líder social-democrata.
Os funcionários públicos começam esta segunda-feira a receber os salários de abril com os aumentos de 0,3% para a generalidade dos trabalhadores e de 10 euros para as remunerações inferiores a 700 euros, com retroativos a janeiro.
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Os salários da função pública começam a ser pagos ao dia 20 de cada mês e os primeiros a receber são os trabalhadores da Presidência do Conselho de Ministros, dos ministérios das Finanças, da Defesa Nacional, do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, da Cultura, dos Negócios Estrangeiros e da Modernização do Estado e da Administração Pública, segundo o despacho que define as datas de pagamento.
O despacho do IGCP define que no dia 21 (na terça-feira) são pagos os salários dos ministérios da Administração Interna, Justiça e Saúde e, no dia seguinte, os da Economia e da Transição Digital, Planeamento e das Infraestruturas e da Habitação.
Os últimos a receber, a dia 23 (na quarta-feira), são os trabalhadores dos ministérios da Educação, da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, do Ambiente e da Ação Climática, da Coesão Territorial, da Agricultura e do Mar.
Desde 2009 que não havia aumentos generalizados na Função Pública. Em 2019 apenas a remuneração mínima de base foi atualizada para os 635 euros.
O Governo já tinha anunciado também que, em 2021, o aumento seria de pelo menos 1%, mesmo que a inflação fosse inferior. Porém, perante a crise económica causada pela pandemia de Covid-19, o Executivo não se compromete agora com aumentos na Função Pública no próximo ano.
(Notícia atualizada às 13h42)
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